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Por que incontinência urinária ocorre após câncer de próstata?

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A incontinência urinária é uma das complicações mais comuns entre homens que passaram por tratamento para câncer de próstata. Embora impacte diretamente a qualidade de vida, muitas vezes esse tema é pouco discutido, gerando dúvidas, inseguranças e receios.

Por essa razão, entender por que ela acontece, quais são os fatores envolvidos e de que forma é possível recuperar o controle urinário é fundamental para quem está vivendo esse processo.

Neste artigo, você vai entender por que a incontinência urinária ocorre após o câncer de próstata, como funcionam os mecanismos do controle urinário, quais tratamentos podem causar esse efeito e quais caminhos ajudam na recuperação. Para saber mais, continue a leitura!

Como funciona o controle urinário no corpo masculino

Para compreender por que a incontinência urinária aparece depois do tratamento, é importante entender como se dá o controle da urina.

Função da próstata e estruturas envolvidas

A próstata fica localizada logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, que é o canal por onde a urina sai. A região é cercada por músculos e esfíncteres que atuam como “válvulas”, mantendo a urina retida até o momento da micção.

Essas estruturas, especialmente o esfíncter uretral externo, são essenciais para o controle urinário. Além disso, quando a próstata precisa ser removida ou tratada, é inevitável que essas áreas sensíveis acabem sendo manipuladas, o que pode causar mudanças no funcionamento.

Por que o câncer de próstata interfere nesse processo

O câncer de próstata costuma exigir tratamentos que afetam diretamente essa anatomia. Ou seja: quanto mais avançado o tumor ou quanto maior sua posição próxima aos esfíncteres, maiores as chances de alterações urinárias.

Assim, a incontinência urinária não ocorre apenas pela retirada da próstata em si, mas por tudo o que envolve o procedimento: deslocamento ou lesão temporária de músculos, nervos e vasos sanguíneos que auxiliam no controle.

Principais tratamentos que podem causar incontinência urinária

Nem todo paciente terá incontinência urinária, mas alguns tratamentos elevam esse risco. A intensidade também varia muito de pessoa para pessoa.

Cirurgia (prostatectomia radical)

A cirurgia é uma das abordagens mais frequentes para tratar o câncer de próstata. Ademais, na prostatectomia radical, toda a próstata é removida, e o cirurgião reconecta a bexiga à uretra.

Esse processo pode: enfraquecer temporariamente o esfíncter urinário, atingir nervos que controlam a micção, afetar músculos do assoalho pélvico e reduzir a pressão de fechamento da uretra.

Na maioria dos casos, a recuperação acontece de forma gradual ao longo de semanas ou meses. Alguns homens, porém, podem permanecer com incontinência urinária por mais tempo.

Radioterapia

A radioterapia, usada isoladamente ou após a cirurgia, também pode provocar incontinência urinária. Dessa forma, isso ocorre porque a radiação pode causar alguns sintomas, como irritar a bexiga, tornar o tecido urinário mais rígido, reduzir a capacidade da bexiga de se expandir e alterar o funcionamento dos músculos e nervos.

Além disso, em alguns casos, os sintomas aparecem meses ou até anos depois do tratamento.

Terapia hormonal

Outro tratamento importante é a terapia hormonal. Ela é indicada em situações específicas, reduz o nível de testosterona, o que também pode afetar a musculatura do assoalho pélvico e contribuir para episódios de perda urinária, embora de forma mais leve.

Tipos de incontinência urinária após o câncer de próstata

A verdade é que nem todos os homens apresentam o mesmo padrão de perda urinária. Identificar o tipo ajuda no melhor tratamento.

Incontinência urinária de esforço: ocorre quando atividades como tossir, espirrar, rir ou levantar peso aumentam a pressão abdominal, levando à perda de urina. Isso está diretamente relacionado ao enfraquecimento do esfíncter após cirurgia.

Urgência urinária: caracterizada por uma vontade súbita e intensa de urinar, muitas vezes acompanhada de perda imediata. É mais associada à radioterapia, que pode tornar a bexiga mais sensível.

Incontinência mista: quando há uma combinação entre esforço e urgência, algo também frequente em pacientes que passaram por múltiplas terapias.

Por que a incontinência urinária pode durar meses?

A recuperação do controle urinário não é imediata porque o corpo precisa reconectar e reestabelecer os mecanismos naturais de controle, e isso exige tempo.

Durante o tratamento, o estiramento ou a irritação dos nervos responsáveis pelo controle urinário prolonga a condição por meses. A regeneração é lenta e pode levar vários meses.

Outro ponto é que mesmo homens que nunca tiveram problemas urinários antes podem descobrir que seus músculos pélvicos estão fracos após a cirurgia. A musculatura precisa ser reeducada e fortalecida para retomar o controle.

A bexiga também passa por adaptações. Pode ficar hiperativa (contrações involuntárias) ou com menor capacidade temporária.

Como tratar a incontinência urinária após o câncer de próstata

A boa notícia é que, na maioria dos casos, a incontinência urinária melhora bastante com tratamento adequado. Veja algumas das formas mais comuns de tratar o problema:

Os exercícios de Kegel são o principal tratamento inicial. Eles fortalecem os músculos que dão suporte à bexiga e à uretra. O ideal é aprender a técnica com um fisioterapeuta pélvico, garantindo que o paciente ative o músculo correto.

A fisioterapia ajuda no ganho de força, coordenação e percepção corporal. Técnicas como biofeedback e eletroestimulação podem acelerar os resultados.

Algumas medidas ajudam muito no controle, como a redução no consumo de cafeína e álcool, controle da ingestão hídrica, manutenção do peso adequado, além de evitar prender a urina por muito tempo. Todas essas ações ajudam a diminuir a pressão sobre a bexiga.

Alguns medicamentos podem reduzir urgência, frequência urinária e contrações involuntárias da bexiga, especialmente em casos relacionados à radioterapia.

Em casos persistentes, existem opções cirúrgicas como slings uretrais e esfíncter urinário artificial. Vale ressaltar que esses procedimentos têm alta taxa de sucesso e devolvem parte importante da qualidade de vida dos pacientes.

A importância do acompanhamento médico

A incontinência urinária não deve ser vista como algo vergonhoso e tampouco considerada “normal” após o câncer de próstata. Ela é tratável e merece atenção. Conversar com o urologista é essencial para que haja uma avaliação adequada do tipo de incontinência, além da verificação de possíveis complicações.

A visita a um profissional ainda vai te ajudar na definição do tratamento mais adequado, além do monitoramento da evolução.

Considerações finais

A incontinência urinária após o câncer de próstata ocorre principalmente por alterações nos músculos, nervos e estruturas que controlam a micção. Em qualquer tratamento, o impacto no sistema urinário pode ser significativo, mas, na maioria dos casos, o paciente consegue recuperar o controle com acompanhamento especializado.

Entender o motivo da perda urinária, reconhecer seus tipos e buscar ajuda são passos fundamentais para retomar a autonomia, o conforto e a confiança no dia a dia.

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Por Equipe Mega Imagem em 17/11/2025