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Autismo: os desafios diante da pandemia

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O autismo é conhecido como TEA ou melhor dizendo Transtorno Espectro Autista. Ele consiste em um déficit na formação do sistema neurológico que está presente desde o nascimento da criança. As causas do TEA não são totalmente conhecidas, mas podem estar relacionados a predisposição genética. A partir de analises de mutações espontâneas, pode ser passado de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam somente metade do risco de desenvolver TEA. Essas pessoas podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social. Além disso, podem apresentar padrões repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Como diagnosticar o autismo?

O autismo pode se apresentar de diversas formas, sejam elas em seus aspecto físico ou emocional. E para isso, são divididos em alta funcionalidade, média e baixa.
  • Alta funcionalidade: as pessoas podem continuar a vida normalmente, estudar, trabalhar e se relacionar;
  • Media funcionalidade: eles já possuem independência e necessitam de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar uma refeição;
  • Baixa funcionalidade: pode apresentar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.
Porém, há muitas qualidades para o portador da síndrome.  Entre elas está a facilidade de aprendizado visual e a concentração, muitos portadores prestam mais atenção aos detalhes e fazem tudo com exatidão. Além disso, a capacidade de memória é maior do que a média da maioria das crianças que não possuem o espectro. Cada indivíduo possui um nível. Por isso, é extremamente importante o diagnóstico e identificação o quanto antes. autismo Andressa e Davi

História de vida

Nossa colaboradora Andressa Gomes, da equipe de enfermagem aceitou compartilhar um pouco da sua história. O seu filho Davi,  em um primeiro momento foi diagnosticado com o Transtorno Espectro Autista(TEA) . Aos 6 meses, a família começou a perceber que algo não estava normal. Davi não balbuciava como as demais crianças dessa faixa etária e também não conseguia se sentar. Além disso, ele também não respondia quando os pais os chamavam. A partir disso, procuraram ajuda médica para entender qual distúrbio ou síndrome ele poderia ter. Já na primeira consulta a pediatra solicitou diversos exames e a ajuda de diversas especialidades para auxiliarem no diagnóstico. Com um 1 ano e seis meses, o primeiro palpite surgiu: autismo. A partir de então, Andressa sempre buscou ajuda profissional para entender melhor sobre o espectro e como seriam as adaptações na vida do bebê.

Adaptações

Hoje o Davi está com 5 anos, faz acompanhamento com uma psiquiatra e também uma pediatra. Iniciou a terapia desde pequeno, o que o ajudou a desenvolver as questões motoras e de fala- ainda não totalmente desenvolvido mas com nível de entendimento das pessoas ao redor maior. Os profissionais da saúde devem estar familiarizados com os critérios diagnósticos do TEA, com avaliação etiológica, e ocorrências paralelas e condições comportamentais (como desordem do sono, alimentar, sintomas gastrointestinais, obesidade, déficit de atenção  hiperatividade) que podem afetar a qualidade de vida. O que foi o caso do Davi, ele apresenta um pouco de agressividade e hiperatividade, por isso precisa tomar uma medicação controlada. É importante lembrar que prestar atenção aos detalhes para repassar aos profissionais posteriormente, é de grande valia. O autismo é diagnosticado e avaliado pelas características e ações da criança. Os exames como tomografia, ressonância e demais, ajudam a descartar a possibilidade de outras síndromes e doenças neurológicas. Andressa ainda nos conta que o diagnóstico do Davi não teve um desfecho, ''Ainda investigamos para ter certeza se realmente é o autismo, ou se ele tem hiperatividade e TDAH". Essa ainda é uma dificuldade eminente para os profissionais, pois muitos ainda possuem dificuldade de distinguir se são outras síndromes por conta das características.

Pandemia e o autismo

Em meio a pandemia, muitas mães sofreram com o impacto que isso trouxe na vida das crianças autistas. O distanciamento social, obrigatório ou voluntário, trouxe importantes quebras nas rotinas de pessoas com autismo e suas famílias. Quem conhece o autismo, sabe o quão importantes são as rotinas para a maioria das pessoas, em todo o espectro, dos mais comprometidos aos mais leves. Interromper e impedir a continuidade dessas rotinas é, normalmente, um grande desafio a cada um. Para o Davi essa adaptação foi tranquila, conta Andressa "Eu fiz uma brinquedoteca para ele em casa e o nosso quintal é bem grande, o que ajuda ele a se distrair". Além disso, a falta da rotina na escola com os colegas também interfere bastante e é o que mais o Davi sente falta. Além de toda estrutura para as brincadeiras, os estudos e tarefas de casa continuam. As terapias, que por um tempo foram online e também tiveram que interromper os atendimentos, retornaram e é o que dá apoio para a família.

Covid-19 e o autismo

Muitas pessoas devem se perguntar se as crianças com TEA são consideradas grupo de risco. E sim! Qualquer criança que possua distúrbios e síndromes, ou seja, essas alterações comportamentais devem sim ter mais atenção. Caso a criança tenha entendimento, o ideal é sempre instruí-la de não levar as mãos a boca e aos olhos. Também incentivar o uso e máscara e ensinar a lavagem das mãos. Elas demoram um pouco mais para entender, mas são informações importantes que devem ser inseridas na rotina da criança. E lembre-se, se você está percebendo sinais diferentes do seu bebê procure um especialista. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores adaptações e qualidade de vida pode ser dada a criança.

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Por Rafaélla Mantovani em 21/04/2021