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Tudo sobre a Doença de Huntington

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A Doença de Huntington é um distúrbio neurológico hereditário, raro e progressivo, que compromete áreas importantes do cérebro responsáveis pelo movimento, pelo comportamento e pelas funções cognitivas. Embora seja uma condição pouco discutida no cotidiano, ela traz enormes impactos para a vida dos pacientes e de suas famílias.

A falta de conhecimento sobre a doença pode atrasar o diagnóstico e dificultar o planejamento de cuidados, por isso é fundamental compreender suas causas, sintomas e possibilidades de tratamento.

Neste artigo, falaremos mais sobre essa condição, como é feito o diagnóstico e o tratamento. Para saber mais, continue a leitura!

O que é a Doença de Huntington?

A Doença de Huntington é classificada como um distúrbio neurodegenerativo, o que significa que ela provoca a degeneração progressiva de neurônios ao longo do tempo. À medida que essas células cerebrais se deterioram, surgem alterações motoras, cognitivas e comportamentais.

Um aspecto importante é que a condição é autossômica dominante, ou seja, basta herdar uma cópia alterada do gene de um dos pais para desenvolver a doença. Cada filho de um portador da mutação tem 50% de chance de herdá-la, independentemente do sexo.

Além de ser hereditária, a Doença de Huntington provoca danos graduais e irreversíveis, tornando as atividades do dia a dia cada vez mais desafiadoras. Por isso, mesmo antes que os sintomas fiquem evidentes, alterações neurológicas silenciosas já estão acontecendo. Esse processo pode durar anos até que sinais mais claros comecem a aparecer.

A causa genética da Doença de Huntington

O gene responsável pela doença é o HTT, que contém uma região formada pela repetição da sequência CAG. Nas pessoas saudáveis, essa repetição ocorre dentro de um limite considerado normal. Já nas pessoas com Doença de Huntington, o número de repetições ultrapassa esse limite, fazendo com que a proteína huntingtina seja produzida de forma alterada.

Esta proteína anormal interfere no funcionamento dos neurônios e causa um processo de degeneração progressiva, especialmente em regiões cerebrais ligadas ao controle motor.

Um dos fatores mais marcantes é que o número de repetições dessa sequência influencia diretamente a idade em que os sintomas começam a surgir.

Quanto maior a quantidade de repetições CAG, mais cedo aparecem os sinais da doença. Isso explica por que algumas pessoas manifestam os primeiros sintomas na infância ou adolescência, enquanto outras só apresentam sinais na meia-idade. Essa relação entre genética e evolução clínica reforça a importância do aconselhamento genético para famílias com histórico da doença.

Quando aparecem os primeiros sintomas?

A idade de início dos sintomas varia bastante entre os indivíduos, mas geralmente a doença começa a se manifestar entre os 30 e 50 anos. No entanto, existe uma forma juvenil, chamada de Huntington juvenil, que aparece antes dos 20 anos e costuma evoluir mais rapidamente.

Os sintomas iniciais podem ser tão sutis que passam despercebidos, como pequenas alterações de humor, dificuldade de concentração ou movimentos involuntários leves.

Ao longo do tempo, esses sinais se intensificam e começam a interferir de forma mais significativa nas atividades cotidianas.

Muitas vezes, o diagnóstico só é buscado quando os sintomas motores se tornam evidentes, embora mudanças emocionais e cognitivas já estejam presentes há anos.

Principais sintomas da Doença de Huntington

Os sintomas da Doença de Huntington englobam alterações motoras, cognitivas e comportamentais, e sua progressão é gradual. No início, eles podem se manifestar de forma isolada, mas ao longo do tempo tornam-se mais complexos e interligados.

As alterações motoras são talvez as mais características. Movimentos bruscos, imprevisíveis e involuntários, conhecidos como coreia, são um dos sinais mais marcantes. Com o avanço da doença, o paciente pode ter dificuldade de coordenação, rigidez muscular e problemas para caminhar ou realizar tarefas simples. Esses sintomas impactam diretamente a autonomia e aumentam o risco de quedas.

As alterações cognitivas também surgem de forma lenta e progressiva. A pessoa pode começar a ter dificuldade em planejar atividades simples, organizar tarefas ou tomar decisões.

A lentificação do pensamento, falhas de memória e dificuldade de mudar de estratégia durante uma conversa ou atividade também são comuns. Com o tempo, essas alterações podem evoluir para um quadro de demência.

No campo emocional e comportamental, as mudanças podem ser profundas. Irritabilidade, depressão, ansiedade, impulsividade e apatia são sintomas frequentes.

Em alguns casos, essas alterações antecedem os sintomas motores, confundindo o diagnóstico e levando a interpretações equivocadas como estresse, depressão isolada ou transtornos de personalidade. Por isso, o conhecimento do histórico familiar é tão importante.

Como é feito o diagnóstico da Doença de Huntington?

O diagnóstico envolve uma combinação de avaliação clínica, histórico familiar e testes laboratoriais. A análise inicial é feita por um neurologista, que observa os sintomas motores, cognitivos e comportamentais apresentados. A progressão característica da doença, somada a esses sinais, costuma levantar suspeitas importantes para a investigação.

O histórico familiar desempenha um papel significativo, já que se trata de uma condição hereditária. No entanto, nem sempre ele está disponível, seja por falta de informação, falecimento de familiares ou casos não diagnosticados anteriormente.

O teste genético é o método definitivo para confirmar o diagnóstico. Ele identifica o número de repetições CAG no gene HTT e determina se a mutação está presente.

Por se tratar de um exame com forte impacto emocional e familiar, a realização do teste exige acompanhamento de aconselhamento genético, tanto antes quanto depois do resultado. Em alguns casos, exames de imagem como ressonância magnética podem ser solicitados para avaliar alterações estruturais no cérebro, mas eles não substituem o teste genético.

Mão com dedos rígidos e contraídos, representando movimentos involuntários ou espasmos musculares. Espasmos, rigidez e movimentos involuntários podem indicar alterações neurológicas que afetam o controle muscular. Identificar esses sinais precocemente ajuda a direcionar o diagnóstico e o tratamento adequado.

Existe tratamento para a Doença de Huntington?

Embora ainda não exista cura, diversos tratamentos ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O manejo é multidisciplinar e requer acompanhamento constante.

Os medicamentos têm como objetivo controlar os movimentos involuntários, melhorar o humor, reduzir irritabilidade, tratar depressão e ansiedade e auxiliar no controle do sono. A abordagem medicamentosa é individualizada e adaptada conforme a evolução clínica.

Além disso, terapias de suporte são fundamentais para o cuidado contínuo. A fisioterapia ajuda a manter força, equilíbrio e mobilidade pelo maior tempo possível. A terapia ocupacional auxilia na adaptação das tarefas diárias, preservando a independência.

A fonoaudiologia é essencial para lidar com alterações na fala e dificuldades de deglutição, que são cada vez mais comuns com a progressão da doença. A nutrição também desempenha papel importante, já que muitos pacientes apresentam perda de peso devido às alterações motoras e à dificuldade para se alimentar.

Por fim, o suporte psicológico é indispensável para o paciente e para a família, oferecendo acolhimento diante de uma condição que envolve tantos desafios emocionais.

Viver com a Doença de Huntington

Conviver com a Doença de Huntington exige planejamento, adaptação e uma rede de apoio bem estruturada. A progressão da doença traz desafios diários, desde os sintomas motores até as mudanças cognitivas e comportamentais. Apesar disso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado ajudam a manter a qualidade de vida e a autonomia pelo maior tempo possível.

A família desempenha um papel central nesse processo, tanto no apoio emocional quanto na organização do cuidado.

Ao mesmo tempo, avanços científicos contínuos trazem esperança. Pesquisas sobre terapia gênica, redução da proteína huntingtina e neuroproteção estão em andamento e podem transformar o futuro do tratamento.

Enquanto esses avanços não chegam à prática clínica, informação, suporte e acompanhamento especializado continuam sendo as melhores ferramentas para enfrentar a doença com dignidade e qualidade de vida.

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Por Equipe Mega Imagem em 20/11/2025