A escolha entre ressonância magnética ou tomografia computadorizada para avaliação de tumores de cabeça e pescoço depende do tipo de estrutura anatômica que se deseja visualizar. Além disso, é preciso analisar a natureza provável do tumor e das particularidades clínicas do paciente.
Em tumores que envolvem estruturas de tecidos moles e nervos, a ressonância tende a oferecer informações mais detalhadas. Já nas situações onde há suspeita de envolvimento ósseo ou presença de calcificações, a tomografia se destaca pela sua superioridade técnica.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando as diferenças e semelhanças entre cada exame. Para saber mais, continue a leitura!
Para tumores como o adenoma pleomórfico que afetam, por exemplo, glândula parótida, a RM é particularmente eficiente na visualização de tecidos moles, extensão perineural e infiltração anatômica. Entretanto, a TC pode medir o tamanho e invasão óssea, mas perde precisão na definição de contornos delicados ou invasão de nervos.
Além disso, em linfomas ou tumores da região do anel de Waldeyer, nasofarínge, cavidade oral ou tireoide, a RM permite melhor caracterização das margens e extensão tecido mole, o que é essencial para estadiamento e planejamento de tratamento.
Já tumores que envolvem estruturas ósseas, como base do crânio, ossos faciais ou calota craniana, costumam exigir TC. Ademais, devido à sua capacidade de detectar erosões, espessamento ósseo ou calcificações com maior precisão. Em tumores intracranianos, por exemplo em neurooncologia, a TC continua sendo a técnica de escolha quando se busca identificar calcificações ou alterações ósseas.
Essas diferenças fazem da TC um exame rápido e muitas vezes utilizado inicialmente em centros de emergência, onde decisões urgentes dependem de imagens disponíveis imediatamente, sem a demora da RM.
A ressonância magnética possui maior sensibilidade para detectar lesões de pequeno volume ou extensão em tecidos moles: ela identifica edema, alterações na barreira hematoencefálica, vascularização tumoral e características de necrose, o que contribui para avaliação do grau de malignidade e planejamento terapêutico preciso.
Ela também permite reconstruções tridimensionais úteis para guiar a cirurgia ou radioterapia.
A tomografia pode falhar em identificar lesões menores ou infiltrações sutis e geralmente oferece menor resolução de contraste, mas dá bons dados sobre densidade, delimitação anatômica e massa óssea envolvida.
Em casos onde o paciente apresenta contraindicações à RM (como presença de marca-passo não compatível com campo magnético, alguns implantes metálicos ou claustrofobia intensa), a TC pode ser uma alternativa viável.
Em um paciente com suspeita de carcinoma de laringe ou orofaringe, por exemplo, a RM permite avaliar extensão local, relação com vasos, invasão perineural e edema.
A TC, por sua vez, pode ser suficiente caso se queira apenas rastrear extensão óssea ou em cenários de urgência. Já para tumores do seio maxilar ou ósseo-facial, a TC predomina pela clareza em estruturas duras.
Em casos de linfoma extranodal, a combinação de ambos os exames pode se justificar. Afinal, a TC para avaliar envolvimento ósseo, e a RM detalhando os tecidos moles, sem contraindicações e com contraste adequado.
A tomografia é mais rápida, mais amplamente disponível e geralmente mais barata do que a ressonância. Em emergências, ela permite decisões imediatas com boa acurácia para infiltração óssea, hemorragia ou obstruções, sendo muitas vezes o primeiro exame solicitado.
Em contrapartida, a ressonância exige mais tempo, tem custo maior e pode ser desconfortável ou inviável para alguns pacientes (por exemplo, pacientes claustrofóbicos ou com implantes incompatíveis).
Há relatos de pacientes que evitam a RM pelo desconforto, pela duração e pelo barulho da máquina. Em situações onde seja necessário, pode-se avaliar uso de RM de campo aberto ou sedação.
Em grande parte dos casos de tumores de cabeça e pescoço, a ressonância globalmente oferece visões mais refinadas das lesões em tecido mole, sendo preferida quando se pretende examinar margens tumoral, vascularização ou extensão em nervos e músculos.
A tomografia entra em campo quando a suspeita principal envolve estruturas ósseas, calcificações, situações de emergência ou quando a ressonância não pode ser realizada por restrições técnicas.
O processo costuma ocorrer em duas etapas: primeiro, realiza-se a TC, especialmente em casos de urgência ou para descarte inicial. Se o resultado não oferece diagnóstico definitivo ou não delimita claramente o tumor, o médico pode solicitar a ressonância para uma visão mais abrangente.
Tumor de glândula salivar ou nervo facial: a ressonância delineia melhor os tecidos adjacentes e a extensão neural, enquanto a TC revela invasão óssea ou complicações anatômicas.
Lesões orbitárias ou tireoidianas: a RM proporciona excelente resolução em músculo, gordura, nervos e canais lacrimais, essenciais no planejamento cirúrgico.
Caso com suspeita de extensão intracraniana até a base do crânio: a RM é a melhor para visualizar tecido cerebral, meninge e nervos, enquanto a TC ajuda a rastrear erosão óssea da base.
Para o estadiamento e o planejamento terapêutico, as diferenças entre os exames são muito importantes.
A ressonância, com seu contraste superior e várias sequências, permite identificar regiões de necrose, grau de vascularização e perfusão. Dessa forma, isso ajuda a predizer agressividade tumoral e áreas para biópsia. Com isso, a TC, combinada ao uso de contraste iodado, também traz informações úteis, mas com menor precisão para tecidos moles.
A escolha afeta diretamente decisões como margem cirúrgica, abordagem radioterápica e necessidade de terapias adjuvantes.
A escolha entre ressonância magnética ou tomografia computadorizada para avaliar tumores de cabeça e pescoço depende das características do tumor e do objetivo do exame.
A RM é indicada quando se busca maior detalhamento dos tecidos moles, avaliação de invasão neural, margens tumorais e relação com vasos sanguíneos, oferecendo imagens de alta precisão. Já a TC é mais recomendada para analisar estruturas ósseas, identificar calcificações e em situações de emergência, devido à rapidez do exame. Em muitos casos, os dois métodos são complementares, garantindo diagnóstico mais completo e auxiliando no planejamento do tratamento oncológico.
Para tumores de cabeça e pescoço, a RM representa o exame mais indicado quando se pretende analisar extensão em tecidos moles, invasão neural, relacionamento vascular e caracterização da lesão. Já a tomografia se impõe como primeira escolha em casos urgentes. Isso ocorre em pacientes com restrição para RM ou quando a principal preocupação é invasão óssea ou calcificações.
Em geral, muitos casos demandam os dois métodos de imagem de forma complementar. Sendo assim, o médico responsável avaliará a situação clínica, tipo de tumor, urgência, condições do paciente e disponibilidade, e definirá o protocolo ideal, muitas vezes começando pela TC e seguindo para a RM se o caso exigir precisão adicional.
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