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Parkinson: exames de imagem auxiliam no diagnóstico?

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A Síndrome de Parkinson ou doença de Parkinson é uma doença neurológica que causa tremores, desequilíbrio, alterações na fala, escrita e rigidez muscular.

Estudos realizados em 2019, estimaram que dentro de 30 anos cerca de 600 mil brasileiros poderão sofrer de Parkinson. Com uma faixa etária dos 50 aos 80 anos, esse dado se torna alarmante, visto que teremos uma população mais idosa e necessitará de tratamentos multidisciplinares.

A Doença de Parkinson e o Diagnóstico

Fazer um diagnóstico preciso da doença de Parkinson pode ser complicado. Os médicos devem pesar cuidadosamente os:
  • sintomas,
  • histórico familiar
  • e outros fatores para chegar a uma conclusão.

O diagnóstico padrão da doença de Parkinson é clínico.

Isso significa não haver nenhum teste, como um exame de sangue, que possa dar um resultado conclusivo e com precisão.

Em vez disso, certos sintomas físicos precisam estar presentes para qualificar a condição de uma pessoa como doença de Parkinson.

Como não há triagem ou teste conclusivos, os pacientes com doença de Parkinson muito precoce podem não atender aos critérios de diagnóstico clínico.

Por outro lado, essa falta de especificidade significa que você pode ser diagnosticado com doença de Parkinson, apenas para descobrir mais tarde que tem uma condição diferente que imita a doença.

Novos padrões de diagnóstico para Parkinson

Até recentemente, a lista de verificação padrão-ouro para diagnóstico vinha do Banco de Cérebros da Sociedade de Doença de Parkinson do Reino Unido.

Era uma lista de verificação que os médicos seguiam para determinar se os sintomas que eles consideravam se encaixavam na doença.

Mas isso agora é considerado desatualizado.

Recentemente, novos critérios da International Parkinson and Movement Disorder Society entraram em uso.

Esta lista reflete o entendimento mais atual da condição. Ele permite que os médicos alcancem um diagnóstico mais preciso para que os pacientes possam iniciar o tratamento em estágios iniciais.

O que os médicos procuram ao diagnosticar Parkinson

O diagnóstico da Doença de Parkinson é principalmente clínico, o que significa que ele se baseia na observação dos sintomas, exame físico e histórico do paciente. Isso torna o papel do médico ainda mais crítico e especializado, pois ele precisa distinguir os sinais clássicos do Parkinson de outras condições neurológicas com sintomas semelhantes, como o parkinsonismo atípico, tremor essencial ou efeitos colaterais de medicamentos.

Principais sinais e sintomas observados

Ao investigar uma possível Doença de Parkinson, os médicos costumam procurar quatro sintomas motores cardinais:

  1. Tremor de repouso

    Na maioria dos casos, este é o primeiro sinal que os pacientes ou seus familiares percebem. O tremor geralmente começa em uma das mãos ou dedos e aparece quando o membro está em repouso. Um exemplo clássico é o "movimento de contar moedas". Curiosamente, esse tremor costuma diminuir — ou até desaparecer — durante o sono ou quando a pessoa está em movimento.

    Bradicinesia (lentidão dos movimentos)
    Esse sintoma representa uma redução progressiva na velocidade e na amplitude dos movimentos. Como consequência, o paciente pode ter dificuldade para realizar atividades simples do dia a dia, como abotoar uma camisa, escovar os dentes ou caminhar. Além disso, o rosto pode parecer menos expressivo e a escrita tende a ficar menor e trêmula, um fenômeno conhecido como micrografia.

    Rigidez muscular
    A rigidez se manifesta como resistência à movimentação passiva das articulações. Ela pode atingir os braços, as pernas e o tronco, provocando dor muscular e limitação dos movimentos. Durante o exame físico, o médico geralmente percebe uma resistência em "roda dentada" ao movimentar os braços do paciente — uma característica bastante típica.

    Instabilidade postural
    Esse sintoma costuma surgir nos estágios mais avançados da doença. Ele se relaciona à perda dos reflexos posturais, o que compromete o equilíbrio do paciente. Como resultado, aumentam os riscos de quedas e a marcha se torna mais lenta, com passos curtos e arrastados — o que chamamos de marcha parkinsoniana.

    Avaliação clínica no consultório

    Após identificar os sintomas, o médico conduz uma avaliação clínica detalhada, seguindo algumas etapas fundamentais:

    1. Histórico médico detalhado
    Primeiramente, o médico faz diversas perguntas para entender os sintomas atuais e o histórico familiar de doenças neurológicas. Ele também investiga o uso de medicamentos, já que certos antipsicóticos podem provocar sintomas semelhantes aos do Parkinson. Além disso, considera possíveis exposições a toxinas ou traumas cranianos anteriores.

    2. Exame neurológico
    Em seguida, o médico realiza uma análise completa da função neurológica. Ele verifica a força muscular, os reflexos, a coordenação motora, o equilíbrio, a agilidade e até a expressão facial do paciente. Durante o exame, pode pedir que o paciente caminhe, vire-se rapidamente, estenda os braços ou repita movimentos rápidos com as mãos.

    3. Resposta à levodopa
    Por fim, o médico pode aplicar um teste terapêutico com levodopa — principal medicamento usado no tratamento da Doença de Parkinson. Se o paciente apresenta uma melhora significativa dos sintomas após o uso da medicação, isso reforça o diagnóstico clínico da doença.

Testes para a doença de Parkinson

Não há exames laboratoriais ou de imagem que sejam definitivos para a doença de Parkinson.

No entanto, em 2011, a Food and Drug Administration dos EUA aprovou um exame de imagem chamado DaTscan.

Essa técnica permite que os médicos vejam imagens detalhadas do sistema de dopamina do cérebro.

Um DaTscan envolve uma injeção de uma pequena quantidade de contraste e a realização do mesmo junto a uma Tomografia Computadorizada

A droga se liga aos transmissores de dopamina no cérebro, mostrando onde estão os neurônios dopaminérgicos do cérebro, uma perda de dopamina é o que leva ao Parkinson.

Os resultados de um DaTscan não podem mostrar se o paciente é portador da Doença de Parkinson, mas podem ajudar o médico solicitante a confirmar um diagnóstico ou descartar uma imitação de Parkinson.

O diagnóstico precoce é possível?

Os especialistas estão se tornando mais conscientes dos sintomas de Parkinson que precedem as manifestações físicas.

As pistas da doença que às vezes aparecem antes dos sintomas motores – e antes de um diagnóstico formal – são chamadas de sintomas prodrômicos. Estes incluem a:
  • perda do olfato,
  • um distúrbio do sono chamado distúrbio de comportamento REM,
  • constipação contínua que não é explicada de outra forma,
  • distúrbios do humor, como ansiedade e depressão.

A pesquisa sobre esses e outros sintomas iniciais é promissora para testes e diagnósticos ainda mais sensíveis.

Por exemplo, a pesquisa de biomarcadores está tentando responder à questão de quem contrai a doença de Parkinson.

Os pesquisadores esperam que, uma vez que os médicos possam prever que uma pessoa com sintomas muito precoces acabará por desenvolver a doença de Parkinson.

A boa notícia?!

O diagnóstico da doença de Parkinson e do parkinsonismo atípico permanece clinicamente difícil, principalmente na fase inicial da doença, uma vez que há uma sobreposição significativa de sintomas.

A ressonância magnética multimodal melhorou significativamente a precisão diagnóstica e a compreensão da fisiopatologia dos distúrbios do Parkinson.

As sequências estruturais e quantitativas de RM fornecem biomarcadores sensíveis a diferentes propriedades teciduais que detectam anormalidades específicas de cada doença e contribuem para o diagnóstico. Técnicas de aprendizado de máquina usando esses biomarcadores de ressonância magnética podem diferenciar efetivamente as síndromes parkinsonianas atípicas. Tais abordagens podem ser implementadas em um ambiente clínico e melhorar o manejo de pacientes parkinsonianos. Gostou deste artigo? Acesse nosso blog e leia outros conteúdos.

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Por Equipe Mega Imagem em 09/04/2022