A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama são fundamentais para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade. Nesse contexto, os exames de imagem desempenham um papel essencial. Mas, diante de tantas opções , como mamografia, tomossíntese mamária e ressonância magnética das mamas, é comum surgir a dúvida: qual é o exame indicado em cada situação?
Neste artigo, explicamos as diferenças entre eles, quando são recomendados e como se complementam no rastreamento e diagnóstico das doenças mamárias. Para saber mais, continue a leitura!
A mamografia é o exame de rastreamento mais conhecido e utilizado para detectar precocemente o câncer de mama. Além disso, trata-se de uma radiografia das mamas capaz de identificar nódulos, microcalcificações e outras alterações antes mesmo que possam ser palpadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos como rotina de rastreamento. Entretanto, há situações em que o exame é indicado antes dessa faixa etária, especialmente quando há histórico familiar de câncer de mama, mutações genéticas (BRCA1 ou BRCA2) ou outros fatores de risco.
Nesses casos, o médico pode recomendar o início do acompanhamento ainda na casa dos 35 ou 40 anos.
Além do rastreamento, a mamografia também é usada para investigar sintomas clínicos, como dor localizada, secreção no mamilo, retração da pele ou presença de caroço.
A tomossíntese mamária, também chamada de mamografia 3D, é uma evolução da mamografia digital tradicional. Enquanto o exame convencional captura duas imagens bidimensionais (de cima para baixo e lateralmente), a tomossíntese realiza várias imagens sequenciais em diferentes ângulos, que são reconstruídas por computador em uma visualização tridimensional da mama.
Essa tecnologia permite uma análise mais detalhada das estruturas mamárias, reduz a sobreposição dos tecidos e melhora a detecção de lesões pequenas ou ocultas, especialmente em mulheres com mamas densas, onde o tecido glandular pode dificultar a visualização de alterações.
A tomossíntese mamária pode ser indicada em duas situações principais:
Rastreamento de rotina: substitui a mamografia convencional, especialmente em mulheres com mamas densas, histórico familiar de câncer de mama ou que desejam um exame mais sensível e moderno.
Investigação complementar: quando a mamografia tradicional mostra imagens inconclusivas ou suspeitas, a tomossíntese ajuda a esclarecer o achado e a evitar biópsias desnecessárias.
Alguns médicos também recomendam o exame em casos de acompanhamento pós-tratamento, para monitorar possíveis recidivas ou novas alterações no tecido mamário.
Embora os dois exames utilizem o mesmo princípio, radiação de baixa dose, a diferença está na forma de captação e reconstrução das imagens.
Na mamografia digital tradicional, as imagens são planas. Já na tomossíntese, o equipamento realiza uma varredura em arco, registrando múltiplas projeções que o software transforma em uma série de “fatias” da mama.
Na prática, isso significa que o radiologista consegue analisar o tecido mamário camada por camada, reduzindo as chances de que uma lesão fique escondida sob áreas mais densas.
Assim, a tomossíntese aumenta a taxa de detecção de cânceres invasivos e diminui os chamados “achados falsos”, situações em que o exame aponta algo suspeito, mas que não se confirma posteriormente.
A ressonância magnética das mamas é outro exame importante na avaliação mamária, mas com uma função diferente.
Ela não substitui a mamografia ou a tomossíntese, e sim as complementa.A ressonância utiliza um campo magnético e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas, sem uso de radiação ionizante. O exame é capaz de mostrar com precisão a vascularização e a extensão de lesões.
É indicada principalmente para:
Avaliação de alto risco: mulheres com mutações genéticas (BRCA1/BRCA2) ou histórico familiar forte.
Avaliação complementar: quando a mamografia e o ultrassom não são conclusivos.
Controle pós-cirúrgico ou pós-tratamento: ajuda a verificar a integridade de próteses mamárias e a detecção de recidivas.
Estudo da extensão tumoral: em casos de diagnóstico confirmado de câncer de mama, para planejamento cirúrgico.
Geralmente, o profissional injeta o contraste durante o exame, o que permite diferenciar os tecidos com mais precisão e avaliar o comportamento das lesões.
De modo geral, mulheres entre 50 e 69 anos que não apresentam sintomas devem realizar mamografia a cada dois anos. Entretanto, podem optar pela tomossíntese mamária como alternativa mais moderna e detalhada. Já as mulheres com mamas densas ou que possuem fatores de risco, como histórico familiar de câncer de mama, devem dar preferência à tomossíntese mamária anual, por ela oferecer imagens tridimensionais e maior sensibilidade na detecção de pequenas alterações.
Nos casos de alto risco, como em mulheres com mutações genéticas (BRCA1 ou BRCA2) ou histórico familiar muito forte, a recomendação é combinar a tomossíntese mamária com a ressonância magnética das mamas anualmente, ampliando a capacidade de identificar precocemente qualquer alteração. Quando há sintomas clínicos, como nódulos, secreção ou retração da pele, o médico pode indicar a realização dos três exames de forma complementar, conforme a necessidade do caso.
A decisão final deve sempre partir do mastologista ou ginecologista, que avaliará o histórico, os fatores de risco e o contexto clínico de cada paciente antes de definir o protocolo mais adequado de acompanhamento.
Os profissionais recomendam realizar a mamografia e a tomossíntese mamária, de preferência, entre o 7º e o 10º dia do ciclo menstrual, período em que as mamas ficam menos sensíveis. No dia do exame, recomenda-se não usar desodorantes, cremes ou talcos, pois esses produtos podem interferir nas imagens.
A tomossíntese é rápida, dura cerca de 10 a 15 minutos, e o desconforto é semelhante ao da mamografia comum. Já a ressonância mamária leva um pouco mais de tempo (em torno de 30 a 45 minutos) e requer que a paciente permaneça imóvel durante o exame.
Com os avanços da tecnologia, os exames de imagem das mamas se tornaram mais precisos e acessíveis. Sendo assim, a tomossíntese mamária representa um passo importante nesse processo, oferecendo imagens tridimensionais de alta definição e aumentando a sensibilidade na detecção de alterações, especialmente em mamas densas.
Embora a mamografia continue sendo o principal exame de rastreamento, a tomossíntese vem se consolidando como uma opção superior em muitos casos. Já a ressonância magnética das mamas atua como um exame complementar, indispensável em situações específicas.
O mais importante é manter o acompanhamento médico regular e realizar os exames conforme a recomendação profissional.
A prevenção ainda é o melhor caminho para cuidar da saúde das mamas e garantir diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.
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