A Doença de Graves é uma das principais causas de hipertireoidismo, condição em que a glândula tireoide produz hormônios em excesso. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico do paciente ataca erroneamente tecidos saudáveis do corpo.
O próprio sistema imunológico produz anticorpos que atacam diretamente a tireoide. Essa agressão constante estimula excessivamente a glândula, o que faz com que ela produza em excesso os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis por regular o metabolismo do corpo.
Além disso, é importante destacar que essa condição afeta com maior frequência mulheres entre 30 e 50 anos. No entanto, homens e pessoas de outras idades também podem desenvolver a doença. Como se trata de uma doença autoimune e sistêmica, seus efeitos não se limitam à glândula tireoide , ela também pode provocar alterações nos olhos e na pele.
Neste artigo, falaremos mais sobre quais são as causas e os sintomas da Doença de Graves. Para saber mais, continue a leitura!
De acordo com o Ministério da Saúde, a causa exata da Doença de Graves ainda não é completamente compreendida. No entanto, sabe-se que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos em seu desenvolvimento.
Outro ponto importante é que pessoas com histórico familiar da Doença de Graves apresentam um risco maior de desenvolvê-la. Além disso, quem já convive com outras doenças autoimunes — como lúpus, diabetes tipo 1 ou artrite reumatoide, também tem mais chances de manifestar o distúrbio.
Entre os fatores que podem contribuir para o surgimento da doença, vale mencionar o estresse emocional ou físico intenso, infecções virais, o hábito de fumar, o consumo excessivo de iodo (na alimentação ou por meio de medicamentos) e o fato de ser mulher, já que o sexo feminino está mais propenso a desenvolver doenças autoimunes.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço. Ela é responsável por produzir hormônios que regulam o metabolismo, ou seja, a forma como o corpo utiliza energia. Quando há uma superprodução desses hormônios, o organismo entra em um estado de aceleração, o que pode comprometer diversos sistemas do corpo.
Os sintomas da Doença de Graves estão principalmente relacionados ao hipertireoidismo, mas há manifestações específicas que ajudam a diferenciar essa condição de outros tipos de disfunções da tireoide. Veja os principais sinais da doença:
Perda de peso repentina, mesmo com apetite aumentado
Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados)
Nervosismo, ansiedade e irritabilidade
Tremores nas mãos e dedos
Sudorese excessiva
Intolerância ao calor
Aumento da frequência de evacuações (diarreia ou fezes mais moles)
Irregularidades menstruais
Fraqueza muscular, especialmente nos braços e pernas
Fadiga
Dificuldade para dormir
Pele fina e cabelo frágil
Bócio (aumento visível da tireoide no pescoço)
A oftalmopatia de Graves é uma das complicações mais características da doença. Nela, os tecidos ao redor dos olhos são atacados, causando:
Protusão dos olhos (exoftalmia)
Olhos secos, vermelhos ou lacrimejantes
Sensação de areia nos olhos
Visão dupla
Sensibilidade à luz
Dificuldade para mover os olhos
Inchaço nas pálpebras
Os sintomas oculares podem aparecer em diferentes momentos: antes mesmo do diagnóstico, durante o tratamento ou depois dele. Em quadros mais graves, eles podem evoluir e comprometer a visão de forma significativa.
Além das alterações nos olhos, outro sinal possível, embora menos comum, é a dermatopatia de Graves, também conhecida como mixedema pré-tibial. Essa manifestação provoca o espessamento da pele, acompanhado de vermelhidão, principalmente na região das canelas.
O diagnóstico da Doença de Graves é realizado com base na avaliação clínica, histórico do paciente e exames laboratoriais e de imagem.
O primeiro passo é realizar uma dosagem dos hormônios da tireoide (T3, T4 livre e TSH). A ideia é identificar que esses níveis estão anormais. Além disso, pode ser necessária a dosagem de anticorpos antitireoidianos (TRAb).
Para avaliar o tamanho e a vascularização da glândula, o médico faz a solicitação de uma ultrassonografia da tireoide. A confirmação do diagnóstico vem com uma cintilografia da região.
O tratamento visa controlar a produção excessiva de hormônios da tireoide e aliviar os sintomas. As abordagens podem variar de acordo com a gravidade do quadro, idade do paciente, presença de outras doenças e preferências pessoais.
Neste caso, fármacos como metimazol e propiltiouracil reduzem a produção dos hormônios da tireoide. São geralmente usados como tratamento inicial e podem controlar os sintomas em poucas semanas. Porém, há risco de recaída após a interrupção do uso.
Outro tratamento comum e definitivo é por meio do uso de iodo radioativo, situação em que o paciente ingere iodo radioativo que é absorvido pela tireoide, destruindo parte do tecido da glândula. Com isso, a produção hormonal diminui. Pode levar ao hipotireoidismo, exigindo reposição hormonal ao longo da vida.
Por fim, temos a cirurgia, indicada em casos de bócio volumoso, suspeita de câncer, reações adversas aos medicamentos ou impossibilidade de realizar o tratamento com iodo. A remoção total ou parcial da tireoide também leva à necessidade de reposição hormonal.
Apesar de não contar com uma cura definitiva, a Doença de Graves pode ser controlada com sucesso. Em muitos casos, o uso de medicamentos reduz os sintomas e leva à remissão. Quando o tratamento inclui iodo radioativo ou cirurgia, o controle da produção hormonal se torna permanente, e o paciente passa a utilizar levotiroxina (T4 sintético) para manter os níveis hormonais estáveis.
Além disso, é fundamental manter um acompanhamento regular com um endocrinologista. O médico avalia a função da tireoide, ajusta as doses da medicação sempre que necessário e ajuda a prevenir possíveis complicações ao longo do tempo.
A Doença de Graves exige atenção, mas quando a pessoa recebe o diagnóstico cedo e começa o tratamento de forma adequada, consegue levar uma vida normal. Os sintomas, principalmente no início, costumam afetar bastante a qualidade de vida, mas muitos pacientes melhoram significativamente com o tratamento certo.
Por isso, ao notar sinais como perda de peso sem explicação, olhos saltados, cansaço intenso ou batimentos cardíacos acelerados, procure um médico. Identificar a doença logo no início facilita o controle dos sintomas e acelera a recuperação do bem-estar.
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