Um estudo realizado pela Unicamp identificou a presença do vírus Mayaro entre humanos no estado de Roraima. Amostras de soro de pacientes com sintomas febris, coletadas entre 2020 e 2021 pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima, revelaram a presença do vírus em 3,4% dos testados.
Isso ocorreu durante uma epidemia de dengue seguida por um surto de febre chikungunya na região. A detecção do vírus Mayaro em pacientes que não estiveram em áreas de mata sugere sua circulação também em áreas urbanas, levantando preocupações sobre um potencial aumento na suscetibilidade da população à infecção.
Neste artigo, vamos explorar o que é o vírus Mayaro, sua história, sintomas, transmissão e medidas preventivas.
O vírus Mayaro é um arbovírus que pertence ao gênero Alphavirus, da família Togaviridae. Ele foi descoberto pela primeira vez em 1954 na Floresta Amazônica brasileira, próximo à cidade de Mayaro, no estado do Pará.
Este vírus é transmitido principalmente pela picada de mosquitos infectados, com o mosquito Haemagogus spp. sendo o vetor primário.
Sua classificação como arbovírus significa que ele é transmitido principalmente por artrópodes, como mosquitos, e mantido em ciclos de vida envolvendo hospedeiros vertebrados, como humanos e animais.
O vírus Mayaro é conhecido por causar a doença febre de Mayaro em humanos, caracterizada por febre alta, dores articulares intensas, erupções cutâneas e outros sintomas semelhantes aos da dengue e da febre Chikungunya.
Os resultados da pesquisa foram recentemente publicados na revista científica Emerging Infectious Diseases, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, destacando a relevância da descoberta para a comunidade científica e de saúde pública.
O vírus Mayaro é um arbovírus transmitido por mosquitos silvestres, sendo o Haemagogus janthinomys o vetor principal. No entanto, Júlia Forato descobriu que o Aedes aegypti, mosquito urbano comum em muitas regiões tropicais, também tem a capacidade de transmitir o vírus. Isso levanta preocupações sobre o potencial de uma nova epidemia, já que o Aedes aegypti está presente em áreas urbanas e pode aumentar a disseminação do vírus entre humanos.
O vírus Mayaro é mais comum em áreas de floresta, onde infecta primatas, aves e roedores que habitam as copas das árvores, sendo considerados hospedeiros do vírus. A transmissão para humanos ocorre quando o mosquito pica esses animais infectados e depois pica pessoas saudáveis.
Embora historicamente o vírus tenha sido identificado principalmente na região Norte do Brasil, em estados como Acre, Pará e Amazonas, a pesquisa de Júlia Forato também identificou sua presença no Centro-Oeste do país. Essa descoberta ressalta a importância da vigilância e controle do mosquito vetor, especialmente nas áreas onde o vírus Mayaro está presente, para evitar surtos e proteger a saúde pública.
Os sintomas associados ao vírus Mayaro podem ser semelhantes aos de outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e febre chikungunya. Os pacientes infectados frequentemente experimentam febre alta, dores articulares intensas, erupções cutâneas e fadiga. Além disso, alguns indivíduos também podem apresentar sintomas gastrointestinais, como náuseas e vômitos.
A semelhança dos sintomas do Mayaro com outras doenças torna o diagnóstico preciso fundamental para orientar o tratamento adequado e implementar medidas de controle. No entanto, diagnosticar o vírus Mayaro pode ser desafiador devido à sua sobreposição de sintomas com outras arboviroses.
O diagnóstico do vírus Mayaro muitas vezes requer testes laboratoriais específicos. Entre esses testes, estão a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), que identifica o material genético do vírus, e sorologia, que detecta anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pelo Mayaro. Esses exames laboratoriais ajudam a confirmar a presença do vírus no organismo e distinguir a infecção de outras doenças semelhantes.
A precisão no diagnóstico é essencial para orientar a gestão adequada dos casos de Mayaro e contribuir para a vigilância epidemiológica. Através da identificação precoce e precisa do vírus, é possível implementar medidas de controle e prevenção eficazes para reduzir o impacto da doença na saúde pública.
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