Uma estimativa relevante indica que até um terço dos novos casos de câncer registrados globalmente por ano tem potencial de prevenção.
Portanto, no artigo de hoje vamos entender melhor sobre o exame e suas funções, com foco especial na ajuda da detecção ao câncer.
A presença de um nódulo axilar profundo e consistente pode, como discutido, indicar uma manifestação de câncer de mama. Em muitos casos, o nódulo pode ser uma representação de linfonodos já afetados pela doença.
Para esclarecer essa situação, exames de imagem são vitais. O ultrassom de axilas, e em particular o ultrassom de axilas com doppler colorido, desempenha um papel chave na jornada de diagnóstico definitivo.
Comumente, os linfonodos saudáveis são discretos e maleáveis, distribuídos em várias áreas do corpo, incluindo axilas, virilha e pescoço. Em sua maioria, não são perceptíveis ao toque. No entanto, tecnologias como o ultrassom de axilas com Doppler colorido e a Ressonância Magnética axilar são ferramentas não invasivas altamente precisas na identificação de anormalidades nos linfonodos, sobretudo após o surgimento inicial de uma condição.
Os linfonodos axilares têm a função de drenar e "filtrar" cerca de 90% da linfa proveniente da mama. Assim, qualquer distúrbio, seja ele infeccioso ou tumoral na mama, que se propague, possui grande chance de ser identificado nos linfonodos axilares. A presença da doença, nesse caso, pode desencadear um aumento no tamanho dos linfonodos ou alterações em sua forma e vascularização.
Tais variações são prontamente identificáveis por meio de exames de imagem, destacando-se o ultrassom de axilas e a sua versão com Doppler colorido, bem como as ressonâncias magnéticas axilares específicas.
Recomenda-se a realização conjunta do ultrassom de axilas e das mamas, especialmente em pacientes abaixo dos 50 anos ou aquelas com mamas densas, mesmo que assintomáticas. O tecido mamário é predominantemente composto por células especializadas na produção de leite, com um número inferior de células de defesa quando comparado a um linfonodo. Por isso, a detecção de anormalidades, como a disseminação de células cancerígenas, pode ser inicialmente observada na axila.
Esse alerta ocorre devido à rápida resposta das células de defesa presentes nos linfonodos, que pode ser identificada através do ultrassom. Esta sinalização determina a necessidade de realizar uma biópsia para confirmar a presença de metástases e sua origem provável.
Em situações como estas, a ressonância magnética mamária com contraste pode ser adicionalmente utilizada para identificar com precisão a localização do tumor primário na mama.
A utilização do Doppler colorido, neste cenário, visa diferenciar as causas subjacentes das anormalidades observadas, permitindo uma clara distinção entre casos de inflamação e câncer.
Ele é fundamental para a identificação de potenciais metástases nos linfonodos axilares, fator este que se destaca como um dos mais significativos no prognóstico de pacientes diagnosticadas com câncer de mama.
Sua capacidade de diferenciar entre diversos tipos de anormalidades, sejam elas metástases, reações inflamatórias, linfomas ou lesões de origem não linfonodal, reforça a sua importância e versatilidade.
Em um cenário onde a detecção precoce e o diagnóstico preciso são cruciais para melhores prognósticos em câncer de mama, o ultrassom de axilas solidifica-se como uma ferramenta indispensável na prática clínica.
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