Leucemia: quais são os tipos? Crônica ou aguda? - Mega Imagem

Leucemia: quais são os tipos? Crônica ou aguda?

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Hoje vamos falar um pouco sobre os tipos de leucemia. Mas, você sabe o que é?  A Leucemia nada mais é do que um tipo de câncer que afeta a medula óssea. A medula óssea é o tecido esponjoso encontrado no interior dos ossos e responsável pela produção dos componentes do sangue, como os glóbulos vermelhos, alguns tipos de glóbulos brancos e plaquetas.  Todas essas células do sangue são produzidas a partir de células-tronco, que sofrem diferenciação e amadurecimento até serem liberadas para a corrente sanguínea. As leucemias são divididas e podem ser aguda ou crônica. 

Quais os tipos de leucemia?

Existem vários tipos de leucemia, que são diferenciadas baseando-se na sua origem celular. As leucemias mais comuns são as leucemias linfóides, quando se originam dos linfócitos, e as leucemias mieloides, provenientes dos neutrófilos.  Dependendo de sua instalação e gravidade, dizemos que as leucemias podem ser agudas, quando se desenvolvem rapidamente, ou crônicas, quando se agravam de forma lenta, algumas vezes de forma assintomática.

Leucemia Linfoide Aguda (LLA)

É a leucemia mais comum na infância, principalmente em crianças menores que 5 anos, embora também atinja adultos, com um segundo pico visto após os 50 anos. Representa 75% das leucemias em crianças menores que 15 anos e 20% das leucemias em adultos.  É considerado um câncer raro, e segundo a American Cancer Society, o risco de uma pessoa em desenvolver LLA ao longo da vida em ambos os sexos é de cerca de 0,1%, sendo os homens mais propensos do que as mulheres.  A leucemia se desenvolve quando um linfócito imaturo, chamado de linfoblasto, sofre um erro genético com consequente crescimento e divisão de forma descontrolada, levando a um acúmulo destas células sem função na medula óssea. Os linfócitos maduros provenientes dos linfoblastos se dividem em 2 linhagens: linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos; e linfócitos T, que atuam tanto de forma direta na eliminação de agentes infecciosos quanto indiretamente estimulando outras células de defesa. Sendo assim, podemos subdividir a leucemia linfóide aguda em leucemia linfoblástica B (LLA-B) ou leucemia linfoblástica T (LLA-T).  O tratamento é realizado à base de quimioterapia, geralmente com protocolos longos, totalizando aproximadamente 2 anos de tratamento e podendo ser dividido em 3 fases: indução da remissão, consolidação e manutenção. O paciente pode necessitar de internação ao longo do tratamento, decorrente de infecção ou complicações do próprio tratamento.  As crianças respondem melhor ao tratamento, com taxa de cura de aproximadamente 80%, quando comparadas aos adultos, com taxa de remissão completa em aproximadamente 30-40%.  Leucemia Mieloide Aguda (LMA)  É a leucemia mais comum nos adultos, com maior incidência em idosos, embora possa atingir qualquer faixa etária. Este tipo de leucemia tem como base as células da linhagem mielóide, e a produção exacerbada de células imaturas chamadas mieloblastos é responsável pelo desenvolvimento da doença. Pode ser dividida em diversos subtipos a depender da célula acometida. É de extrema importância o reconhecimento precoce do subtipo, visto, por exemplo, que a leucemia promielocítica aguda, um subtipo específico, possui características e tratamento diferentes das demais leucemias. Atualmente, o estudo das alterações genéticas é importante, pois sabe-se que determinadas mutações respondem melhor ou pior ao tratamento convencional, com impacto na sobrevida do paciente. O tratamento deve ser iniciado em caráter de urgência e baseia-se em quimioterapia, seguido ou não de transplante de medula óssea em pacientes jovens. Pacientes idosos podem receber esquemas menos intensivos.

Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

 A leucemia linfoide crônica é a leucemia crônica mais comum do adulto, com média de idade de 70 anos. É raramente vista em pessoas com menos de 40 anos. É caracterizada por ser uma doença de lenta evolução. A doença se desenvolve a partir de linfócitos maduros que sofrem alterações genéticas e passam a se multiplicar de forma desgovernada.  Embora sejam células maduras, os linfócitos acometidos não desempenham suas funções normais de defesa. Em decorrência disso, os pacientes podem permanecer anos sem sintomas, e muitas vezes, o diagnóstico é feito através de exames de rotina. A alteração vista é um aumento dos glóbulos brancos às custas de linfócitos no hemograma, podendo ter anemia e plaquetopenia associadas. Clinicamente, pode se manifestar com aumento indolor dos gânglios linfáticos, fraqueza, suor noturno, perda de peso e dor abdominal por aumento do baço. Muitos pacientes diagnosticados nas formas iniciais podem ficar anos sem necessidade de tratamento, apenas em observação clínica. Quando há indicação de tratamento, o mesmo pode ser feito a base de quimioterapia, anticorpos monoclonais e medicamentos orais chamados de “terapia alvo”, a depender da idade, presença de comorbidade e características da doença. Geralmente, os pacientes respondem bem e ficam anos com a doença controlada.  Leucemia Mieloide Crônica (LMC) A leucemia mieloide crônica é um tipo de câncer de evolução lenta e caracterizado por uma superprodução de glóbulos brancos da linhagem mielóide.  Acomete mais comumente adultos acima de 40 anos. A causa é um rearranjo de dois cromossomos específicos (9 e 22) chamado cromossomo Philadelphia, responsável pela produção de uma enzima anormal (tirosina quinase), que leva ao aumento da produção dos glóbulos brancos.  É dividida em 3 fases: crônica, acelerada e blástica, a depender das características clínicas e laboratoriais do paciente. Os pacientes que se encontram na fase crônica podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas como, fraqueza, perda de peso e dor abdominal pelo inchaço do baço.  O diagnóstico é feito através do hemograma e exames medulares, incluindo testes genéticos para a pesquisa do cromossomo Philadelphia. O tratamento é feito com medicamentos orais chamados inibidores de tirosina quinase, agindo especificamente nas células doentes. Com o advento da terapia alvo, a vasta maioria dos pacientes apresentam controle da doença. Porém, em situações de resistência ou falha ao tratamento inicial, há a necessidade de quimioterapia e transplante de medula óssea.

 

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Por Rafaélla Mantovani em 22/06/2021