Como diagnosticar o Lúpus Eritematoso Sistêmico? - Mega Imagem

Como diagnosticar o Lúpus Eritematoso Sistêmico?

Blog › Como diagnosticar o Lúpus Eritematoso Sistêmico?


O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune e crônica, que necessita de exames físicos e laboratoriais para chegar ao diagnóstico. Essa é uma doença que possui relação com fatores genéticos, hormonais, ambientais e infecciosos, levando à perda da imunidade e a redução da produção de anticorpos. O lúpus é uma doença de difícil diagnóstico, porque apresenta sintomas parecidos com os de outras doenças. Entretanto, alguns critérios podem ajudar a chegar ao diagnóstico mais rápido. Antes, vamos entender rapidamente quais são os sintomas da doença.

Sintomas do Lúpus Eritematoso Sistêmico 

O lúpus é uma doença que atinge principalmente as células sanguíneas, as articulações, a pele, as membranas serosas, os vasos sanguíneos, o cérebro e os rins e por isso pode ser considerada uma doença multissistêmica. Existem dois tipos de lúpus reconhecidos: o cutâneo, que é aquele que causa manchas ou eritemas geralmente avermelhados na pele, normalmente aparecem em regiões que tem maior exposição solar, e o lúpus sistêmico, que acomete os órgãos internos. Entre os principais sintomas, nós temos:
  • Fraqueza;
  • Febre e mal-estar frequente;
  • Dores nas articulações;
  • Rigidez muscular e inchaços;
  • Vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz;
  • Muita queda de cabelo.

Incidência

A incidência do LES é de 1 a 22 casos a cada 100.000 pessoas por ano. O Lúpus Eritematoso Sistêmico pode ocorrer em qualquer idade, raça e sexo. Entretanto, geralmente acomete mulheres jovens, entre os 20 e 45 anos, com maior incidência por volta dos 30 anos. Segundo a cartilha publicada pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que haja 65.000 casos de lúpus e em sua maioria são mulheres.

Diagnósticos

Para realizar o diagnóstico, geralmente é realizado o exame clínico, exames de sangue, exames de imagem a fim de investigar e descobrir se pode realmente ser o lúpus ou outra doença. Os exames radiológicos são indicados quando há  suspeita de alterações, como o derrame pleural, doença pulmonar intersticial, vasculite e a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo. Entre eles está o Ecocardiograma, um ultrassom que é indicado para avaliação de acometimento valvar do coração. Ele também é indicado para avaliação de hipertensão pulmonar. Além disso, diversos exames de sangue podem ser solicitados para que o médico possa trazer um diagnóstico mais completo. Embora não exista um exame que seja exclusivo do LES, a presença do exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), principalmente com títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos de LES, permite o diagnóstico com muita certeza. Demais testes laboratoriais são realizados como os anticorpos anti-Sm e anti-DNA que são muito específicos, mas ocorrem em apenas 40% a 50% das pessoas com LES. Ao mesmo tempo, alguns exames de sangue ou de urina podem ser solicitados para auxiliar não no diagnóstico do LES, mas para identificar se há ou não sinais de atividade da doença. Existem alguns critérios desenvolvidos pelo Colégio Americano de Reumatologia, que podem ser úteis para auxiliar no diagnóstico do LES, mas não é obrigatório que a pessoa com LES seja enquadrada nesses critérios para que o diagnóstico de LES seja feito. O tratamento pode ser iniciado ainda que o diagnóstico não seja fechado, para redução de sintomas e partindo da conduta de cada médico. 

Como é feito o tratamento para o portador do Lúpus Eritematoso Sistêmico?

O tratamento do portador do LES depende muito do tipo de manifestação apresentada e deve ser individualizado. O tratamento geralmente inclui medicações que agem no sistema imunológico, para ajudar a diminuir a inflamação causada pelo LES  e também os sintomas como a hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor e entre outros. ALém dos medicamentos corticóides e demias classes, é necessário enfatizar a importância do uso dos fotoprotetores que devem ser aplicados diariamente em todas as áreas expostas à claridade. O produto deve ser reaplicado, ao longo do dia, para assegurar o seu efeito protetor. Em alguns casos podem ser usados cremes com corticosteróides ou com tacrolimus aplicados nas lesões de pele.

Alimentação

Além do tratamento com remédios, as pessoas com LES devem ter um cuidado especial com a  saúde de modo geral. Isso inclui  uma atenção maior com a alimentação, repouso adequado, evitar condições que provoquem estresse e atenção rigorosa com medidas de higiene (pelo risco potencial de infecções). Idealmente deve-se evitar alimentos ricos em gorduras e o álcool (mas o uso de bebidas alcoólicas em pequena quantidade não interfere especificamente com a doença). Devendo seguir sempre a orientação do seu médico. As pessoas que apresentarem hipertensão ou problemas nos rins, devem diminuir a quantidade de sal na dieta. Assim como os diabéticos devem restringir o consumo de açúcar e alimentos ricos em carboidratos - massas, farinhas e pães. O objetivo principal desses cuidados com a saúde, além do uso dos medicamentos é de permitir controlar a atividade inflamatória e reduzir os efeitos colaterais do tratamento. Quando essa estratégia é utilizada em conjunto com os medicamentos e realização de exames periódicos  é possível controlar a doença e melhorar significativamente a qualidade de vida do portador do Lúpus.

Precisando realizar seus exames e manter a saúde em dia? Conte com a Mega!

Agende seus exames on-line, clique aqui!

Baixe o MEGAPP!
Basta acessar a Play Store ou App Store e baixar o APP que aparece como “Mega Imagem-Agendamento”.

Já segue a Mega nas Redes Sociais?
Acesse nossos canais: FacebookYoutube Instagram, Linkedin.




Por Rafaélla Mantovani em 13/05/2022