Antes de mais nada, as doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos sanguíneos, afetando, geralmente, mais homens do que mulheres, em idades acima dos 50 anos.
Ainda sim, as doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores, que se designa habitualmente por fatores de risco.
Porém, alguns destes fatores não podem ser modificados, como a hereditariedade, o sexo e a idade. Contudo, outros podem e devem ser modificados, com estilos de vida e medicamentos.
Você sabe o que pode desencadear essas doenças?
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Stress;
- Obesidade;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Colesterol elevado (Dislipidemia).
Por esse motivo, hoje vamos entender sobre algumas doenças mais comuns.
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
De uma forma geral, acontece quando o indivíduo apresenta níveis de pressão arterial que ficam acima do considerado normal. Atualmente, a meta definida ainda é de 120/80 mmHg.
A HAS costuma causar problemas de médio e longo prazo, com lesões em órgãos como coração, cérebro, rins, além de artérias e retina.
No entanto, também pode causar danos agudos, especialmente nos casos em que a pressão sobe rápida e exageradamente.
Estas lesões podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, acidente vascular cerebral (AVC), demência, aneurismas e perda de visão.
Cardiopatia isquêmica (CI)
Ocorre quando existe redução ou interrupção da circulação de sangue em uma, ou mais artérias do coração, conhecidas como coronárias.
Neste sentido, o maior problema é que o quadro pode evoluir sem a presença de sintomas, passando por casos com dor torácica e até infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco.
O cardiologista destaca que, por conta da diminuição do fluxo de sangue nas coronárias, ocorre uma lesão no músculo do coração, o que pode resultar em redução da força de contração ou de bombeamento e até mesmo em parada cardíaca e morte. Ou seja, vale ficar atento.
Insuficiência Cardíaca (IC)
A princípio, esta doença é caracterizada pela diminuição do fluxo de sangue bombeado do coração para o restante do corpo. Com isso, o volume é insuficiente para atender todas as necessidades de oxigênio e nutrientes do organismo.
Por conta disso, podem ocorrer limitações na realização de atividade da rotina.
Em geral, a IC pode ser resultado de HAS maltratada ao longo de anos ou de cardiopatia isquêmica com danos severos ao músculo do coração.
É uma doença progressiva, podendo ter sérias implicações para a pessoa, devido à restrição física, arritmias e até morte súbita.
Fibrilação atrial (FA)
A primeira vista, trata-se de uma arritmia cardíaca, que acontece frequentemente por meio do envelhecimento da população, em que ocorre a alteração do ritmo normal do coração, que passa a bater irregularmente.
Pode causar quadros de mal-estar, palpitações, tonturas e até mesmo um AVC.
As pessoas com fibrilação atrial precisam receber medicamentos anticoagulantes durante toda a vida, para prevenir o surgimento de problemas.
Morte súbita cardíaca (MSC)
Um evento súbito e inesperado, que pode ser precedido por sinais e sintomas ou se apresentar em indivíduos assintomáticos.
Geralmente, as vítimas possuem algum problema cardíaco de base, porém, frequentemente, o desconhecem.
Desta forma, a doença é causada por uma parada cardiorrespiratória (PCR), em que a pessoa sofre uma arritmia grave chamada de fibrilação ventricular, na qual o coração não consegue bombear o sangue para o corpo.
Assim, bastam poucos segundos para que a vítima perca a consciência, pare de respirar e fique sem pulsação. Quando não tratada imediatamente, pode resultar em óbito.
Como prevenir
Em primeiro lugar, fumo, sedentarismo, obesidade, consumo elevado de sal, abuso de bebidas alcoólicas e alimentação recheada de gorduras são inimigos quando falamos sobre doenças cardíacas.
Assim, percebemos que não são poucos os hábitos que podem elevar as suas chances de desenvolver doenças cardiovasculares – e outros tantos problemas de saúde. O estresse, outra constante na correria da rotina, também entra na lista.
Ou seja, simples mudanças de hábito podem ajudar o seu coração a bater saudável por muito mais tempo. A primeira delas é incluir exercícios físicos regulares no dia a dia.
Uma dieta equilibrada, que inclua legumes, verduras e cereais, com baixa concentração de frituras, também está entre as dicas para manter a saúde em dia.
Tudo isso sem deixar de lado, é claro, um tempo de lazer para relaxar e aliviar o estresse.
Paralelamente, as visitas ao médico periodicamente, para realizar exames preventivos e de avaliação ou para controlar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, assim como tratar as doenças já existentes, são fundamentais.
Se a pessoa tem 35 anos ou mais, não deve iniciar um programa de treinamento físico sem antes ser avaliada por um médico e por um educador físico.
Atenção ao histórico familiar
No entanto, não é apenas o seu estilo de vida que pode oferecer riscos ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Fatores genéticos também estão envolvidos na equação e exigem cuidados. É o caso de problemas como hipertensão arterial, infarto do miocárdio, hipercolesterolemia, doenças do músculo cardíaco e algumas arritmias.
Portanto, pessoas que tenham pais ou irmãos com hipertensão arterial sistêmica, por exemplo, têm maior chance de desenvolverem o problema no futuro.
Alguns quadros de colesterol elevado também podem ter relação com o histórico familiar. Nesse caso, o tratamento costuma ser mais difícil.
Não deixe de realizar seus exames periodicamente.
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Espero que tenha gostado desse artigo, até breve.