Diabetes Mellitus: qual a relação com o fígado?

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Você sabia que possuir Diabetes Mellitus tornou-se um fator de risco para o desenvolvimento do que chamamos de gordura no fígado?

A esteatose hepática ou mais conhecida como gordura no fígado, ocorre quando a gordura ultrapassa 5%. Ela causa inflamações e pode evoluir até para cirrose e câncer.

A doença pode ser causada por consumo excessivo de álcool, ou por obesidade, colesterol elevado ou até mesmo pressão alta.

Mas, hoje vamos entender porque os diabéticos possuem maior propensão a desenvolver a gordura no fígado.

A gordura no fígado e a Diabetes Mellitus

Você sabe o que é a Diabetes? Ela consiste em uma doença metabólica em que o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz.

A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente.

Elas são divididas em Diabetes tipo 1 e tipo 2.

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A Diabetes tipo 1, geralmente é crônica e ela faz com que o pâncreas para de produzir insulina. Por isso, é necessário o uso contínuo de insulina aplicável.

Já a Diabetes tipo 2, é aquele que se desenvolve durante a vida, devido a uma má alimentação e maus hábitos.

Entretanto, você sabia que a esteatose hepática pode levar ao diabetes?

Quase 100% dos pacientes com obesidade ‘grave’ e diabetes tipo 2 podem apresentar esteatose hepática leve, sendo que 50% deles podem evoluir para esteato-hepatite e cerca de 20% podem chegar a ter cirrose hepática.

 

 

Qual a relação entre as duas patologias?

A principal relação entre a esteatose hepática e o diabetes mellitus é a resistência à insulina.

Consequentemente, ocorre o aumento de peso que pode provocar o excesso de gordura no fígado.

O organismo entende que precisa produzir mais insulina, pois essa que tem é insuficiente.

O excesso da glicose vêm dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo.

Com a sobra de insulina, o corpo trabalha para enfraquecê-la.

Portanto, esse ciclo a longo prazo provoca o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e da esteatose hepática.

Em outras palavras, a esteatose hepática não alcoólica está associada com obesidade, diabetes tipo 2 e dislipidemias (aumento de colesterol / gorduras no sangue).

Assim também, a doença hepática gordurosa não alcoólica pode fazer parte da Síndrome Metabólica se estiver associada a 3 ou mais dos seguintes fatores de risco:

  • obesidade central;
  • resistência a insulina;
  • hiperlipidemia;
  • hiperglicemia;
  • hipertensão arterial.

Como descobrir a Esteatose Hepática?

Para descobrir esta doença é indicado o exame conhecido como elastografia hepática.

Este exame nada mais é do que um ultrassom e através dele são feitas medições do fígado. A partir de alguns cálculos rápidos o médico consegue identificar se há gordura no fígado e ele indica qual é o seu grau.

Mas você sabe como a esteatose surge?

Em primeiro lugar, o excesso de gordura (ácidos graxos) no fígado pode ter origem:

  • no aumento da ingestão de gordura na dieta;
  • produção de gordura pelo próprio fígado a partir da ingestão em excesso de carboidratos na dieta;
  • na quebra da gordura (lipólise) ex.: pessoa que esta emagrecendo;
  • ou na deficiência do transporte da gordura que está  dentro do fígado.

A esteatose hepática é divida em  graus 1, 2 e 3, onde o último é a cirrose.

Esta patologia possui tratamento quando não atingiu o grau máximo. Pacientes com cirrose, somente o transplante é capaz de curar esta doença.

Já os demais graus, ainda torna-se reversível.

Geralmente, são indicados os exames de ultrassonografia e laboratoriais. Somente quando o médico analisa necessário, são solicitadas  a Tomografia Computadorizada ou a Ressonância Magnética.

Antes de mais nada, é importante lembrar que a esteatose hepática  é uma das causas de morte a longo prazo por conta dos danos cardiovasculares, hepáticos e oncológicos e  também,  porque vem sendo rapidamente uma das causas de transplante hepático.

É a causa mais frequente atualmente no mundo de doença crônica do fígado.

Você sabe como a Mega realiza este exame? Vem conferir.

Tratamento para Esteatose Hepática

A cura para esta doença inicia no momento da mudança radical da alimentação e hábitos.

Uma boa alimentação e exercícios físicos regulares, são a base desse tratamento. Além disso, reduzir os alimentos processados é de extrema importância.

Alimentos que atuam como prebióticos também são benéficos na redução da gordura no fígado.

O mais importante é a prevenção. Não deixe de realizar seus exames periodicamente, para que o diagnóstico seja mais cedo e que o médico possa iniciar um tratamento o quanto antes.