Você já sentiu dores na mandíbula ou ela ficou estalando? Podemos chamar esse incômodo de disfunção temporomandibular ou mais conhecida como DTM.

Muitas pessoas confundem ATM com DTM. A diferença é que a ATM é a articulação temporomandibular.

Ela que permite realizarmos os movimentos com a mandíbula, como falar, deglutir, mastigar, entre outros.

Temos duas ATM’s localizadas embaixo do ouvido, como na imagem.

Já a DTM é um conjunto de problemas que afetam a ATM. Ou seja, os desgastes e problemas tanto musculares quanto ósseos.

Cerca de 75% da população já experimentou ou ainda vai experimentar algum sinal da DTM.

Entretanto, de 5 a 7% realmente precisam de tratamento, pois apresentam dor.

Há um pico de ocorrência dos sintomas entre 20 e 50 anos de idade, sendo mais prevalente em mulheres.

Mas, isso não descarta a possibilidade de ocorrência em homens.

Sintomas e causas da Disfunção Temporomandibular

A DTM acontece quando a musculatura fica tensa. Essa rigidez acaba causando dores na região orofacial, estalos, zumbidos e até travamento da mandíbula.

Além disso, essa dor pode persistir por dias ou meses. Muitas das vezes, vem acompanhada de dores de cabeça constante, dor atrás dos olhos, nos ouvidos e até na face.

A Disfunção pode vir acompanhada de uma crise de enxaqueca, o que causa uma dor maior e mais incômoda.

As dores além de incomodar, acabam limitando o indivíduo a ter uma boa qualidade de vida já que fica quase impossível abrir muito a boca para realizar certos movimentos ou até para se alimentar.

Entretanto, precisamos ressaltar que essas dores da disfunção podem ser outras doenças como artrite reumatoide, câncer e até fibromialgia. Dessa forma, o mais indicado é procurar ajuda médica quando alguns dos sintomas aparecerem.

Geralmente, essa disfunção vem da sobrecarga da mandíbula por  traumas ou doenças.

Vamos entender algumas delas:

• Traumas de acidentes na região orofacial;
• Malformações esqueléticas;
• Bruxismo;
• Fatores relacionados à oclusão ou posição dos dentes na arcada dentária;
• Estresse, depressão e ansiedade;
• Predisposição genética;
• Artrite ou artrose na articulação temporomandibular;
• Após longos períodos de entubamento;
• Retiradas de siso.

Diagnóstico para Disfunção Temporomandibular

O diagnóstico é realizado por um cirurgião dentista especializado em DTM e dor facial.

Em alguns casos são realizados exames de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética para complementação da descoberta.

Os pacientes já diagnosticados, realizam o tratamento somente quando estão sentindo dor.

Tratamento para DTM

A DTM não tem cura, porém há diversas formas de aliviar as dores e crises. Trouxemos algumas delas:

Acupuntura

É indicada quando a DTM é mais muscular. São utilizadas agulhas em pontos específicos da face para alívio das dores e do estresse.

Medicamentos

Os medicamentos são utilizados em casos de dor intensa da disfunção temporomandibular, como analgésicos e anti- inflamatórios devendo ser recomendado por um especialista.

Toxina Botulínica

A toxina botulínica ou melhor dizendo, o Botox é conhecido por seus benefícios para ajustar as linhas de expressões. Porém, ele é muito utilizado para realizar correções.

Neste caso, não é diferente. Ele é aplicado na mandíbula e ao redor do maxilar para reduzir a contração muscular.

Fisioterapia para DTM

Alguns exercícios são indicados para auxiliar no movimento e dores da mandíbula. Algumas técnicas são boas, como a crioterapia (com baixas temperaturas), elas ajudam a reduzir o inchaço e os espasmos musculares.

DTM e hábitos de vida

Além dessa opções, são indicadas também o uso de placas dentárias, para controlar o bruxismo e não forçar a mandíbula ao dormir.

Algumas dicas para o alívio as dores também é a melhora na alimentação. Ingerir alimentos mais macios e fáceis de mastigar ajudam a não sentir tanta dor.

O sono também é um importante aliado na reparação da dor e aliado as terapias.

Esse conjunto de estratégias evitam que as crises surjam e cause tanto incômodo.

As cirurgias geralmente são indicadas em menos de 2% dos casos de DTM.

Elas focam nas partes ósseas e articulares da ATM. Porém, os problemas musculares representam mais de 90% das disfunções.

Nesses casos a cirurgia é contraindicada e as terapias tem mais eficácia.

Entretanto, devemos lembrar que sempre devemos consultar um especialista para que indique o tratamento adequado e faça o diagnóstico correto para a DTM.

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