Crise de ausência: entenda como funciona

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A crise de ausência é um tipo de crise epilética que ocorre com certa frequência em pessoas com epilepsia. É caracterizada por uma perda súbita e temporária da consciência, com duração geralmente de alguns segundos a poucos minutos.

Durante uma crise de ausência, a pessoa pode ficar parada ou apresentar movimentos repetitivos, como piscar os olhos ou bater as mãos. Após a crise, a pessoa costuma retomar a consciência imediatamente, sem lembrar do que aconteceu durante a crise.

O que causa a crise de ausência?

A crise de ausência é causada por uma descarga elétrica anormal no cérebro, que afeta temporariamente a atividade cerebral. Em alguns casos, essas crises podem ocorrer várias vezes ao dia e interferir na vida cotidiana da pessoa, afetando suas atividades escolares ou profissionais.

 

Muitas pessoas perguntam se há relação entre a crise de ausência e a epilepsia. Vamos entender juntos.

 

A epilepsia é uma doença neurológica que nem sempre tem uma causa definida. Mas, a dúvida que não quer calar: existe relação? Sim, desde que haja mais de um episódio.

 

Porque a epilepsia pode se manifestar por crises de ausência e outras crises epilépticas. Entretanto, quando há mais do que uma.

 

Além da crise de ausência, existem várias outras modalidades de crise convulsiva, a exemplo da tônico-clônica e mioclônica.

 

A crise tônico-clônica é mais simples de identificar, combinando membros rígidos, movimentos descontrolados, salivação e gemidos. Já a mioclônica provoca uma sensação de choque e movimentos não intencionais na vítima.

 

Tanto as crises epilépticas quanto a epilepsia têm origem em perturbações no processo de comunicação entre os neurônios.

 

A diferença entre elas é que, na epilepsia, as crises ocorrem mais de uma vez.

 

Os sintomas da crise de ausência incluem:

  • Perda súbita da consciência: durante a crise, a pessoa pode ficar parada e sem reação a estímulos externos;

 

  • Distúrbios motoras: algumas pessoas podem apresentar movimentos repetitivos, como piscar os olhos ou bater as mãos;

 

  • Duração curta: as crises geralmente duram apenas alguns segundos a poucos minutos;

 

  • Retorno à consciência imediato: após a crise, a pessoa retoma a consciência imediatamente, sem se lembrar do que aconteceu durante a crise;

 

  • Ausência de dor: as crises de ausência não são dolorosas.

Além disso, é comum que as pessoas com epilepsia apresentem outros sintomas, como convulsões, perda de controle muscular, distúrbios de memória e alterações comportamentais.

Diagnóstico da crise de ausência

O diagnóstico da crise de ausência geralmente começa com uma avaliação médica completa, incluindo um histórico clínico detalhado e uma avaliação física.

 

O médico também pode solicitar exames complementares, como:

  • Eletroencefalografia (EEG): um teste que mede a atividade elétrica do cérebro para identificar descargas anormais;
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM): exames de imagem que podem revelar anormalidades estruturais no cérebro que possam estar relacionadas às crises;
  • Exames de sangue: para verificar se há problemas de saúde subjacentes que possam estar contribuindo para as crises.

Após a avaliação, o médico pode diagnosticar crise de ausência com base nos sintomas apresentados e nos resultados dos exames. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário realizar mais investigações para estabelecer um diagnóstico definitivo.

 

É importante destacar que o tratamento precoce e adequado da crise de ausência é fundamental para ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações. Por isso, é importante procurar ajuda médica assim que os sintomas aparecerem.

 

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Tratamento

O tratamento da crise de ausência após o diagnóstico, deve ser orientado pelo neurologista. Os remédios anticonvulsivantes são indicados para ajudar a amenizar as crises.

 

Geralmente, crianças menores de 18 anos tendem a superar as crises de ausência naturalmente. Contudo, quando isso não acontece, é preciso manter o acompanhamento médico para entrar com o uso de medicamentos e evitar o desenvolvimento de outros tipos de epilepsia.

 

Além das medicações, é possível manter uma rotina saudável com uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos supervisionados.

 

A dieta cetogênica é uma das mais indicadas para os casos de epilepsia, porque ela é rica em gorduras boas e pobre em carboidrato. Mas, lembrando que é necessário consultar uma nutricionista para avaliar cada caso.