Síndrome respiratória aguda grave: o que é, sintomas, causas e tratamento

Médico com luvas segurando ilustração de pulmões, simbolizando atenção à síndrome respiratória aguda grave.

Desde 2019, com o início da pandemia de Covid-19, o termo síndrome respiratória aguda grave (SRAG) passou a fazer parte do nosso cotidiano. Para o surgimento da doença, diversos vírus podem ser seu causador, como: influenza, SARS, entre outros.Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando quais são os principais sintomas dessa condição, o tratamento adequado e como prevenir. Para saber mais, continue a leitura!

 

O que é a síndrome respiratória aguda grave?

Trata-se de uma infecção que surge por conta da dificuldade que o indivíduo tem para respirar. Dessa forma, a síndrome respiratória aguda grave pode causar lesões nos pulmões, especialmente nos alvéolos. 

 

Muitos dos casos mais severos são diagnosticados após uma pneumonia. O diagnóstico ocorre quando o médico analisa todos os sintomas e os resultados de exames de imagem, como uma radiografia, por exemplo. 

 

A baixa oxigenação do sangue é um dos principais sintomas da doença. Por isso, é preciso se atentar a todos os sinais e procurar ajuda médica o quanto antes. 

Diferença entre síndrome respiratória aguda grave e crônica

Em ambos os casos, a síndrome respiratória pode causar o comprometimento de estruturas ou órgãos do sistema respiratório, dentre eles: laringe, faringe, nariz, pulmão e traqueia. Isso significa que as vias aéreas ficam acometidas, tanto as superiores quanto as inferiores. 

 

Mas o que diferencia um caso agudo de um crônico é o tempo de duração e o período necessário para o tratamento. Entenda:

Síndrome respiratória aguda

Em suma, quando o caso é agudo, algumas características podem ser observadas, como início rápido e a duração de até três meses. Além disso, o tratamento costuma ser mais curto.

 

Outro ponto importante é que, em algumas situações, as doenças podem ser contagiosas. 

Síndrome respiratória crônica

No caso das doenças respiratórias crônicas são mais gradativas, tanto em seu início quanto na sua evolução. Além disso, os sintomas duram acima de 90 dias e o tratamento pode ser mais longo, com o uso da medicação durante longos períodos. 

 

Vale destacar que um paciente com um caso agudo pode apresentar uma evolução para uma complicação crônica, mas isso depende de seu estado clínico. 

Hereditariedade nas doenças respiratórias

Algumas doenças respiratórias crônicas são hereditárias e causadas por mutações em genes herdados pelo histórico familiar. Isso significa que as chances do desenvolvimento de determinada doença é maior. Um desses casos é o da fibrose cística, uma condição rara e congênita. 

 

Quais são os principais sintomas da síndrome respiratória aguda grave?

Para identificar a síndrome respiratória aguda grave é preciso que o médico se atente a alguns sintomas comuns, veja os principais:

  • Falta de ar;
  • Desconforto respiratório ou dificuldade para respirar;
  • Sensação de pressão ou aperto no peito;
  • Dor no tórax;
  • Rosto e dedos azulados ou arroxeados.

É importante ressaltar que para ser considerado um paciente de SRAG, é preciso ter ao menos dois sintomas gripais, como: coriza, febre, calafrios, tosse, entre outros. 

 

No caso de bebês e crianças, os sinais ainda podem ser completados pela perda do apetite, apatia e desidratação.  

 

Fatores de risco da síndrome respiratória aguda grave

De acordo com dados informados pelo Ministério da Saúde, os principais fatores de risco da síndrome respiratória aguda grave são:

 

  • ser população indígena;
  • estar gestante;
  • puérperas (até 2 semanas após o parto);
  • crianças até 2 anos;
  • adultos acima dos 60 anos;
  • ser portador de pneumopatias;
  • doenças cardiovasculares, exceto hipertensão;
  • doenças hematológicas;
  • distúrbios metabólicos; 
  • transtornos neurológicos;
  • lesões medulares;
  • epilepsia;
  • paralisia cerebral;
  • Síndrome de Down;
  • AVC e demais doenças neuromusculares;
  • imunossupressão;
  • uso de medicamentos para neoplasias e HIV;
  • nefropatias;
  • hepatopatias.

Diagnóstico da síndrome respiratória aguda grave

Aos primeiros sinais, é imprescindível buscar ajuda médica, principalmente se forem sintomas respiratórios persistentes. Nesse caso, a avaliação clínica é o primeiro passo e o médico analisa o histórico do paciente para entender a gravidade da situação.

 

O médico faz uma avaliação ampla sobre os possíveis fatores de risco, doenças pré-existentes, hábitos de vida, histórico vacinal, entre outros.Além disso, em alguns casos, pode ser preciso realizar exames complementares.

 

Homem deitado em leito hospitalar com máscara de oxigênio, representando tratamento da síndrome respiratória aguda grave.
Paciente internado com suporte respiratório, evidenciando a gravidade dos casos de síndrome respiratória aguda grave.

Exames que detectam doenças respiratórias

Dependendo da suspeita do médico, vários exames podem contribuir para o fechamento do diagnóstico e início do tratamento adequado. Dentre os testes estão: raio-X do tórax, exame microbiológico de secreções, testes de alergia, teste de função pulmonar e tomografia de tórax

 

Além disso, o profissional da saúde pode indicar um hemograma para identificar os níveis de proteína C reativa. Para complementar, pode ser necessária a realização de exames moleculares, como o PCR, que ajuda a identificar infecções respiratórias, como: tuberculose, gripe, covid-19 etc.

 

A ideia é que todos esses exames contribuam para entender qual é o agente causador da doença e, consequentemente, da síndrome respiratória aguda grave. 

Exame para identificar fibrose cística

Por ser uma doença congênita, a fibrose cística precisa ser identificada por meio de uma triagem neonatal, ou seja, o Teste do Pezinho. A ideia é que o teste ajude a detectar a condição logo nos primeiros dias de vida. Além disso, torna mais fácil evitar que a doença se complique e apresente sintomas mais graves. 

Tratamento para síndrome respiratória aguda grave

O tratamento da síndrome respiratória aguda grave varia de acordo com o avanço da doença e do histórico do paciente, além de outros fatores específicos. Mas a princípio, o primeiro passo é o controle da febre e a manutenção da hidratação. Afinal, essa é a maneira ideal de evitar complicações.

 

Como se trata de casos graves, pode ser necessário que o paciente receba oxigênio com aparelhos, como máscaras, por exemplo, ou até mesmo a intubação. 

 

Medicamentos antivirais, antibióticos e fisioterapia respiratória também são indicações comuns. Por fim, quando os pulmões não conseguem trazer oxigênio, o paciente precisa passar por cuidados intensivos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Considerações finais

As doenças respiratórias são extremamente comuns, principalmente em estações como inverno e outono, quando as temperaturas caem drasticamente e as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados. 

 

Algumas dessas doenças podem gerar uma síndrome respiratória aguda grave, também conhecida como SRAG. Por essa razão, é imprescindível se atentar a todos os sintomas e procurar ajuda médica logo que eles surgirem. 

 

Vale ressaltar que a duração é variável, a depender da resposta ao tratamento. 

 

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Em resumo

O que causa síndrome respiratória aguda?

A síndrome respiratória aguda é causada por infecções virais ou bacterianas, inalação de substâncias tóxicas, traumas pulmonares, aspiração de líquidos ou alimentos e doenças pulmonares graves.

Quais são as causas da SRAG?

SRAG pode ser causada por vírus como influenza e SARS-CoV-2, além de bactérias, aspiração de conteúdo gástrico, trauma torácico, queimaduras, sepse ou inalação de fumaça e produtos químicos.

Quais são os sintomas da insuficiência respiratória aguda?

Os sintomas incluem falta de ar intensa, respiração rápida, confusão mental, cianose (lábios ou dedos arroxeados), fadiga, sudorese, uso de musculatura acessória e queda na saturação de oxigênio.