Risco dos games e jogos eletrônicos

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Os jogos eletrônicos em  smartphones modernos e outras tecnologias são grandes atrativos para as crianças e adolescentes.

Aos poucos, o costume de brincar na rua foi sendo substituído por brincadeiras virtuais, que – se não equilibradas – podem provocar impactos negativos no desenvolvimento físico e emocional das crianças.

Além de incentivar o estilo de vida sedentário e os maus hábitos alimentares, os games e jogos eletrônicos podem gerar outros problemas: o vício, o aumento da violência e de doenças como a depressão.

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É importante que as crianças passem tempo praticando esportes, atividades físicas e lazer fora da frente da TV. O tempo excessivo gasto em videogames restringe algumas atividades ao ar livre entre essas crianças.

É responsabilidade dos pais ou responsáveis encorajar as crianças a participar de atividades ao ar livre, em vez de aderir aos videogames o dia todo. Ser capaz de monitorar e controlar a quantidade de tempo que seus filhos passam na frente do videogame é a chave para restringir os impactos negativos na vida deles. Certifique-se de expor seus filhos para os jogos certos com registro de tempo limitado para se beneficiar desta divertida atividade.

Doenças relacionadas aos Jogos Eletrônicos

A maioria dos efeitos ruins dos videogames são atribuídos à violência que eles contêm. As crianças que jogam videogames mais violentos têm maior probabilidade de ter pensamentos, sentimentos e comportamentos, que podem levar à depressão.

Estudos sugerem que a exposição crônica a videogames violentos não está associada apenas à menor empatia, mas também à insensibilidade emocional. 

Natureza interativa dos jogos incentiva à violência

Entre as crianças que já pensam em suicídio, os que jogam videogames de ação podem ser significativamente mais capazes de tentar isso do que aqueles que jogam outras categorias de videogame.

Alguns especialistas também acreditam que o efeito da violência nos videogames em crianças é agravado pela natureza interativa dos jogos. Em muitos jogos, as crianças são recompensadas de acordo com o grau de agressividade com que interagem.

Esta participação ativa, repetição e recompensa são ferramentas eficazes para o comportamento de aprendizagem. Quanto mais horas de videogames de ação os pequenos jogam, maiores as tendências para que sigam o caminho da violência, inclusive contra si mesmos.

Números de suicídio em crianças

Há uma baixa ocorrência de suicídio entre crianças e poucos dados para crianças com menos de dez anos de idade. No entanto, o suicídio é a quarta principal causa de morte entre crianças com idades de 10 a 14 anos.

Todos os anos, cerca de 12.000 crianças com idades entre os 5 e os 14 anos são internadas em unidades de internamento psiquiátrico por comportamento suicida. Crianças pré-púberes que tentaram o suicídio têm até seis vezes mais chances de tentar o suicídio novamente na adolescência. 

Sinais de aviso

  • Mudança no comportamento habitual;
  • Comportamento arriscado (jogando o jogo de asfixia, por exemplo);
  • Múltiplos sintomas da depressão;
  • Conversa que indica pensamentos ou planos suicidas.

Fatores de risco

  • Tentativas anteriores de suicídio;
  • Depressão não tratada (geralmente manifestada por agressão);
  • Doenças Mentais Não Tratadas (Transtorno Bipolar, TDAH, Transtornos de Ansiedade e outros);
  • Compreensão incompleta da morte;
  • História familiar de problemas psiquiátricos / membro da família que morreu por suicídio;
  • Experiências de escola negativa (incluindo o bullying);
  • Exposição à violência ou abuso (físico, emocional, sexual). 

Os jogos eletrônicos é o cigarro das gerações anteriores?

As crianças podem sim, serem viciadas em videogames. A Organização Mundial da Saúde em junho de 2018, declarou vício em jogos como um transtorno de saúde mental.

Um estudo do Instituto Nacional para a Mídia e a Família, com sede em Minneapolis, nos Estados Unidos, sugere que os videogames podem viciar as crianças e que o vício das crianças nos videogames aumenta seus níveis de depressão e ansiedade.

Filhos viciados também exibem fobias sociais, além do declínio do desempenho escolar. Exames de ressonância magnética revelam que videogames “viciantes” podem ter um efeito similar no cérebro de crianças, como drogas e álcool.

Uma série de estudos da Universidade Estadual da Califórnia descobriu que a parte impulsiva do cérebro, conhecida como sistema da amígdala-estriado, era mais sensível e menor em jogadores de jogos excessivos.

Como ajudar a reduzir o impacto dos jogos eletrônicos?

A Sociedade Brasileira de Pediatria publicou em 2016 o primeiro Manual de orientação para incentivar a redução do consumo de  conteúdos nas telas.

Acredita-se que os primeiros 1000 dias são importantes para o desenvolvimento cerebral e mental de qualquer criança, bem como todo o desenvolvimento da criança e sua adolescência.

A SBP recomenda que os pais evitem a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente.

Além disso, separamos mais algumas dicas:

  • Limite o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão para crianças com idades entre 2 e 5 anos;
  • Limite o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão para crianças com idades entre 6 e 10 anos;
  • Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão; nunca “virar a noite” jogando para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos.

Para todas as idades

É importante nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir. Além disso, oferecer como alternativas as atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável.

É importante criar regras saudáveis para o uso dos equipamentos digitais,  além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar.