Meningite: o que é, sintomas e prevenção

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A meningite é uma doença que preocupa a saúde pública, por ser uma doença contagiosa e que tem surgido novos casos no Brasil.

Vamos entender melhor sobre a doença, suas causas e tratamentos.

O que é a Meningite?

As meninges envolvem as duas membranas cerebrais e o líquido cefalorraquidiano (LCR) e podem sofrer um processo inflamatório denominado meningite, que pode ser causado por diversos fatores, sejam eles infecciosos ou não.

Tumores ou substâncias químicas podem desencadear o processo inflamatório não infeccioso. Por outro lado, as causas infecciosas são atribuídas a bactérias e vírus, sendo esta a causa mais comum.

 

As meningites infecciosas são classificadas em bacterianas e virais.

Meningite bacteriana

Nesse tipo de meningite  a principal bactéria causadora é o meningococo, seguido pelo pneumococo, haemophilus e mycobacterium tuberculosis.

Ela é considerada uma das piores meningites, já que traz casos mais grave e com maior potencial de complicações.

 Meningite Viral

São as mais frequentes e com menor potencial de complicações, embora possam ocorrer.

Elas são causadas por vírus, principalmente pelos enterovírus.

A meningite bacteriana e a viral, inicia sua contaminação na nasofaringe. Ali, acontece a replicação bacteriana e há a liberação de componentes que atingem o endotélio cerebral desencadeando um processo inflamatório.

Os sintomas variam de acordo com a idade e a duração da doença e podem apresentar alguns sintomas inespecíficos.

Entre os mais comuns, temos:

  • Febre;
  • Hipotermia;
  • Letargia;
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Dificuldade respiratória;
  • Fotofobia;
  • Anorexia;
  • Bradicardia;
  • Sinais de irritação meníngea como rigidez na nuca;
  • Dor lombar.

É preciso estar atenta aos sinais da doença, já que ela pode ser fatal. É importante lembrar que não idade para a contaminação, qualquer pessoa pode contrair a bactérias e apresentar os sintomas.

Além disso, alguns adultos podem carregar o vírus no organismo e não apresentar sintomas. Entretanto, continuam contaminando outros indivíduos, servindo como meio de transporte.

A meningite é uma doença com alta taxa de mortalidade.

Além disso, pode deixar sequelas como a surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças são a faixa etária mais atingida, e os pacientes devem ter um acompanhamento por pelo menos 6 meses depois da doença.

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Como é feito o diagnóstico?

A avaliação inicial é feita com base no estado clínico do paciente. Após, são solicitados exames para entender qual é o tipo de meningite que está infectando o paciente.

Esses exames geralmente são de sangue ou amostras do líquor – um líquido presente na coluna espinhal.

A partir do diagnóstico do tipo da meningite, bactéria ou viral, é possível iniciar o tratamento para cada caso.

Geralmente, o médico responsável irá administrar o uso de antibióticos e outras medicações para trazer bem estar ao paciente.

Evolução da doença

A meningite possui evolução rápida, se tornando imprevisível. E muito disso se dá pelo fato de ser uma bactéria, aumentando e proliferando de maneira rápida. O corpo então entra em colapso, gerando uma inflamação total.

Quanto antes realizado o tratamento no hospital, maior as chances de cura. Contanto, uma parte dos sobreviventes precisam viver com sequelas.

Entre elas temos a perda de audição, alterações neurológicas e cicatrizes.

Vacina como forma de prevenção para a Meningite

A vacina ainda é o melhor caminho para se prevenir contra a meningite, elas estão disponíveis na rede privada e na rede pública.

Na rede privada as vacinas estão disponíveis para os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica. Já na  rede pública, a vacina disponível é a meningococo C conjugada.

Geralmente, administram-se duas doses, sendo a primeira aos 3 meses e a segunda aos 5 meses, com uma dose de reforço adicional aos 12 meses.

Outros grupos que têm direito à vacinação na rede pública e são eles os adolescentes, pessoas que não têm mais o baço, quem têm anemia falciforme, talassemia ou hepatite crônica e portadores de HIV/aids, entre outros.

Cuidados com a Higiene Pessoal

É preciso ter alguns cuidados com a higiene pessoal, já que a meningite é transmitida facilmente através da saliva e contato com o o vírus.

Separamos algumas dicas importantes de prevenção:

  • Higienize sempre as mãos, com água e sabão e quando necessário o álcool em gel;
  •  Não compartilhe itens como copos, cigarros ou escovas de dente com outras pessoas;
  • Alimente-se bem e mantenha-se saudável
  • Lembre-se de cobrir a boca sempre que tossir ou espirrar;

Além disso, faça o uso de máscara sempre que necessário e evite o contato com pessoas contaminadas com a meningite.

Além disso, é preciso estar atento a sua região de moradia ou estudo. Caso um município esteja vivenciando o surto, a UBS de sua região disponibilizará as vacinas para todas as faixas etárias.

É necessário obter informações na UBS local para compreender quando as doses serão oferecidas.

Surtos no Brasil

A meningite e demais doenças estão voltando a apresentar surtos espalhados pelo Brasil. Muito disso se dá pela falta da vacinação por parte dos pais, flexibilidade das agendas das policlínicas e entre outros motivos.

Entretanto, precisamos estar atentos e incentivar a vacinação dentro das datas impostas pelo calendário vacinal.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a taxa de mortalidade é alta entre 10% a 20%. Além disso, há o risco de causar a infecção generalizada.

Portanto, destacamos a importância de procurar assistência médica logo no primeiro sintoma para descartar a possibilidade de descoberta da doença.