Gravidez gemelar traz riscos para mãe e os bebês?

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Hoje falaremos sobre a gravidez gemelar e quais riscos que ela oferece para a mãe e o bebê.

Em uma pesquisa da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) é abordado os riscos da gestação múltipla tanto para a mãe quanto perinatal.

A gestação gemelar tem uma prevalência de 2 a 4% e tem aumentado nos últimos 30 anos pelo aumento do uso de técnicas de fertilização assistida. A adaptação do corpo materno à gemelaridade, leva a um aumento do risco de complicações como a mortalidade materna que aumenta 2,5 vezes em relação à gestação única.

Já taxa de mortalidade perinatal é 2 a 3 vezes maior em gemelares em relação às gestações únicas principalmente devido a prematuridade, restrição de crescimento, baixo peso ao nascer e anóxia intraparto (falta de oxigênio no momento do parto).

Tipos de Gestações Gemelares

Dizigóticas

As gestações gemelares podem ser dizigóticas ou seja dois ovócitos são fecundados cada um por um espermatozóide.

Existem fatores de risco para ocorrer esse tipo de gravidez gemelar que são: geografia (climas mais amenos), etnia (mais frequentes na etnia negra), multiparidade, idade gestacional avançada (entre 35 e 39 anos os ovários são estimulados por um hormônio que se chama gonadotrofina), baixa condição socioeconômica, uso de anticoncepcional oral, , história familiar e uso de técnicas de reprodução assistida.

Monozigótica

A gestação monozigótica ou seja apenas um ovócito foi fecundado por um espermatozóide ocorre em 30% das gestações e é amplamente determinado por fator genético. De acordo com o dia da divisão da massa de células fecundadas podemos ter uma placenta e duas bolsas amnióticas (nas primeiras 72 horas após a fecundação). Se essa divisão ocorrer depois de 4 a 8 dias da fecundação a gestação terá uma placenta e duas bolsas amnióticas.

Se a divisão ocorrer depois de 8 dias da fecundação a gestação terá uma placenta e uma única bolsa amniótica. Aproximadamente 75% das gestações monozigóticas tem uma placenta e entre elas 2% tem uma bolsa amniótica.

É importante no ultrassom avaliarmos se a gestação tem uma ou duas placentas e se tem uma ou duas bolsas amnióticas e existem sinais que podemos avaliar no primeiro trimestre.

Monocoriônica

A gestação monocoriônica está mais associada a abortos (3 vezes mais frequente) , malformações congênitas/cromossômicas (2%), malformações menores (4%), parto pretermo e baixo peso com aumento da mortaldiade e morbidade (7 a 10 vezes mais).
No casos das gestações monocoriônicas existe uma síndrome que ocorre em 10 a 20% das vezes , que se chama transfusão feto fetal.

Ela ocorre devido a comunicações entre os vasos da placenta que alimentam os fetos que chamamos de shunts; um feto que chamamos de receptor, recebe um maior volume de sangue podendo ocasionar uma insuficiência cardíaca acumulando líquido nos tecidos e uma aumento do líquido da bolsa amniótica e o outro feto que chamamos de doador tem severa restrição de crescimento com anemia e diminuição do volume da bolsa amniótica.

Pode ocorrer uma restrição de crescimento de um dos fetos, quando observamos uma diferença de peso de mais de 25% entre eles. Quando um dos fetos morre, podem ocorrer sequelas neurológicas no feto sobrevivente.

Incidência de óbitos em gravidez gemelar

O óbito perinatal em gemelar aumenta de 2 a 3 vezes, principalmente em fetos com baixo peso ou prematuros. Pode ocorrer também a ruptura da bolsa amniótica, condições maternas associadas como hipertensão, diabetes, descolamento prematuro da placenta.

Os fetos prematuros podem ter problemas respiratórios, hemorragia intraventricular e problemas no intestino por uma vascularização insuficiente.

As mães de uma gestação gemelar podem ter hiperêmese gravídica, com muitas náuseas e vômitos, pelos altos níveis hormonais e ter acentuada dificuldade para se alimentar. Aumentam as chances de alterações da pressão (pré eclâmpsia e eclâmpsia), de diabetes gestacional pelo aumento de um hormônio (lactogênio placentário) e pelo aumento de peso.

O segundo gemelar tem uma chance maior de complicações possivelmente devido ao parto. Por essas razões, a gestação gemelar precisa ser acompanhada com mais cuidado (maior frequência de consultas e orientações) do que a gestação única.

Exames de Imagem na gravidez gemelar

Os exames de imagem solicitados na gestação gemelar são os mesmos solicitados nas gestações com apenas um bebê.

Entre os exames está:

  • Ultrassom de primeiro trimestre com perfil bioquímico;
  • Ultrassom morfológico de segundo trimestre com doppler;
  • Ultrassonografia obstétrica com doppler.

A única diferença entre a gestações, é a frequência que a mãe precisará realizar os exames. Geralmente, o médico solicita mais exames por conta da avaliação do tamanho do bebê e pelo risco da gestação.

Entretanto, vale lembrar que cada paciente possui a sua particularidade e  deve seguir a indicação de seu médico.

 

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