Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): como os exames de imagem podem ajudar?

Profissional da saúde segurando a mão de paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica para auxiliá-lo a caminhar.

Quando há a suspeita de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o primeiro passo é que o médico solicite uma bateria de exames, principalmente os de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia.  

 

O objetivo, além de identificar a doença, é entender sua progressão e descartar outras possibilidades. Afinal, outras condições podem ter sintomas semelhantes, como: lesões na medula espinhal, tumores, entre outros. 

 

Neste artigo, explicaremos em mais detalhes a relação entre esses exames e a ELA, além de mais detalhes sobre os sintomas e os fatores de risco. Para saber mais, continue a leitura! 

O que é Esclerose Lateral Amiotrófica? 

A Esclerose Lateral Amiotrófica, também chamada pela sigla ELA, é uma doença que afeta o sistema nervoso do paciente de maneira progressiva e degenerativa. O resultado é a paralisia motora irreversível.  

 

Infelizmente não há cura para esta condição e, com o tempo, os portadores perdem capacidades muito importantes no dia a dia, como falar, engolir, se movimentar e até mesmo respirar.  

 

Apenas 25% das pessoas diagnosticadas com ela conseguem ter sobrevida acima de cinco anos após o diagnóstico. Os demais vêm a óbito entre 3 e 5 anos depois de apresentarem os primeiros sintomas.  

Sintomas da ELA 

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, os sintomas costumam surgir após os 50 anos. Apesar de incomum, pessoas mais jovens também podem ser diagnosticadas com a doença.  

 

Os sinais mais comuns da Esclerose Lateral Amiotrófica são: 

  • Perda da coordenação muscular; 
  • Redução gradual da força; 
  • Dificuldade para realização de tarefas comuns do dia a dia, como andar, subir e descer escadas etc; 
  • Babar; 
  • Facilidade para engasgar-se; 
  • Dificuldade para engolir e respirar; 
  • Cãibras musculares; 
  • Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);   
  • Rouquidão; 
  • Mudanças na voz; 
  • Perda de peso. 

Quais são os fatores de risco da Esclerose Lateral Amiotrófica? 

Um dos principais fatores para a doença são genéticos e hereditários, o que significa que ter parentes próximos diagnosticados pode aumentar os riscos de tê-la também. 

 

Em contrapartida, não existem fatores ou comportamentos de risco para o surgimento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).  

 

Outro ponto importante é que a ELA é uma doença considerada rara, uma vez que são confirmados cerca de 65 casos a cada 100 mil pessoas.  

 

Exames para diagnosticar Esclerose Lateral Amiotrófica 

Uma combinação de exames é a responsável por diagnosticar a Esclerose Lateral Amiotrófica, entenda um pouco mais sobre cada um deles: 

Ressonância Magnética 

A ressonância magnética é indicada para que outras condições possam ser descartadas. Isso é necessário porque outras doenças têm sintomas semelhantes. Além disso, a imagem pode mostrar qualquer alteração na estrutura do cérebro e da medula espinhal, podendo estar associadas à ELA. 

 

Outro ponto importante é que a RM pode servir para a avaliação da degeneração dos neurônios motores superiores, o que indicaria a presença da doença.  

 

aciente deitado realizando ressonância magnética com acompanhamento de profissional da saúde.
A ressonância magnética é um dos exames de imagem que auxiliam no diagnóstico da Esclerose Lateral Amiotrófica.

Eletroneuromiografia (ENMG) 

A eletroneuromiografia é outro exame de imagem que pode contribuir com o diagnóstico da ELA. Ademais, ele ajuda a avaliar a função muscular e nervosa, além de acompanhar a atividade elétrica dos músculos e como eles respondem ais estímulos nervosos.  

 

A ENMG ainda pode mostrar se há a perda de função motora ao longo do tempo, além de apresentar outras áreas que podem ser afetadas pela doença.  

 

Por fim, o exame pode ser utilizado para avaliar a resposta a tratamentos experimentais, com o fornecimento de dados importantes sobre a eficiência das intervenções realizadas. 

 

Além destes exames de imagem, o médico efetua uma avaliação clínica, analisando o histórico familiar do paciente. Portanto, outros testes são: função pulmonar, punção lombar e biópsia muscular e teste genético.  

Tratamento adequado para ELA 

Por não ter cura, o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica é focado na redução dos sintomas e na melhora da qualidade de vida do paciente. Por essa razão, ele é considerado multidisciplinar, já que é preciso combinar uma série de medicamentos e terapias. 

 

Para retardar a progressão da doença, dois remédios podem ser indicados: o Riluzol e o Edaravona. Além disso, podem ser receitados remédios para sintomas específicos, como as cãibras, depressão, sono em excesso etc. 

 

A fisioterapia é uma ótima saída para ajudar o paciente a manter a mobilidade, força e função respiratória. Além disso, são indicadas a terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicoterapia.  

 

Considerações finais 

Embora seja uma doença sem cura, é muito importante identificá-la para que o paciente possa ter uma melhor qualidade de vida.  

 

O diagnóstico da doença é um processo muito complexo e que precisa passar pela etapa de exclusão de outras doenças, com sintomas parecidos. Em resumo, é preciso combinar exames de imagem com avaliações clínicos para ter a resposta correta.  

 

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Em resumo 

Quais exames detectam esclerose lateral amiotrófica? 

Detectar a Esclerose lateral amiotrófica depende da realização de diversos exames. Dentre eles estão: ressonância magnética ou tomografia computadorizada, testes de deglutição, punção lombar e estudos de condução nervosa. 

O que aparece na ressonância de quem tem ELA? 

Para descobrir se o paciente é portador de ELA, é necessário realizar uma ressonância magnética da cabeça. Neste caso, o exame mostra os danos causados nas células nervosas do cérebro e na medula espinhal.  

Como descartar esclerose lateral amiotrófica? 

Para descartar o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica, o médico realiza diversos exames, principalmente os de imagem, para ter certeza de que não há outra possibilidade.