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O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por câncer no mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. Apesar dos avanços na medicina e nos tratamentos oncológicos, a taxa de mortalidade permanece elevada. Isso ocorre principalmente porque a maioria dos casos é descoberta em estágios avançados.
A boa notícia é que, quando detectado precocemente, o câncer de pulmão pode ter tratamento eficaz e maiores chances de cura.
Neste artigo, explicaremos como a doença se desenvolve e quais fatores aumentam o risco. Além disso, falaremos doss exames ajudam na detecção precoce. Para saber mais, continue a leitura!
Fatores de risco
O câncer de pulmão ocorre quando células pulmonares sofrem mutações genéticas e começam a se multiplicar de maneira descontrolada. Isso leva à formação de tumores que podem comprometer o funcionamento do sistema respiratório e se espalhar para outros órgãos.
Existem dois tipos principais: o câncer de pulmão de não pequenas células, que representa cerca de 85% dos casos e costuma evoluir mais lentamente, e o de pequenas células, menos frequente, porém mais agressivo.
Embora o tabagismo seja o maior fator de risco, pessoas que nunca fumaram também podem desenvolver a doença.
Isso pode ocorrer devido à exposição passiva à fumaça do cigarro, poluição do ar, contato prolongado com substâncias tóxicas como amianto, arsênio e radônio, histórico familiar ou doenças pulmonares crônicas prévias.
[caption id="attachment_35188" align="aligncenter" width="1800"] Cuidar da saúde pulmonar e realizar exames preventivos aumenta as chances de detectar doenças precocemente.[/caption]
A importância do diagnóstico precoce do câncer de pulmão
Uma das principais razões para a alta mortalidade do câncer de pulmão é o diagnóstico tardio. Na maioria das vezes, o tumor é identificado quando já atingiu estágios avançados, reduzindo as opções de tratamento e as chances de cura.
Quando a detecção ocorre precocemente, especialmente antes de o tumor se espalhar, o tratamento é muito mais eficaz. Pacientes diagnosticados em estágio inicial podem alcançar taxas de sobrevida de até 70% em cinco anos, enquanto em estágios avançados esse índice cai para menos de 20%.
Sinais de alerta
Nos estágios iniciais, a doença pode ser silenciosa, o que dificulta a identificação precoce. Ainda assim, existem sintomas que devem chamar a atenção: tosse persistente ou mudança no padrão habitual, presença de sangue no escarro, falta de ar, dor no peito que piora ao tossir ou respirar profundamente, chiado ou rouquidão na voz, perda de peso inexplicável, cansaço extremo e infecções respiratórias recorrentes.
Embora esses sinais não sejam exclusivos do câncer de pulmão, pessoas com histórico de tabagismo ou exposição a fatores de risco devem procurar avaliação médica assim que eles surgirem.
Exames que ajudam na detecção
A medicina oferece recursos que permitem identificar alterações nos pulmões antes mesmo do aparecimento dos sintomas. A tomografia computadorizada de baixa dose é o método mais eficaz para rastreamento em pessoas com alto risco, já que consegue detectar nódulos pulmonares pequenos que não aparecem em radiografias convencionais.
O raio-X de tórax, apesar de menos sensível, ainda é utilizado como exame complementar. Quando há suspeita de lesões, podem ser indicados procedimentos como broncoscopia e biópsia pulmonar, que confirmam a presença de células cancerígenas.
Quem deve buscar rastreamento
Nem todas as pessoas precisam realizar exames preventivos específicos. O rastreamento com tomografia é recomendado principalmente para adultos entre 50 e 74 anos com histórico de tabagismo elevado ou para indivíduos expostos a agentes carcinogênicos e com histórico familiar da doença.
A decisão deve ser tomada junto a um médico, que avaliará riscos, benefícios e histórico clínico do paciente.
Tratamentos e impacto da detecção tardia
O tratamento do câncer de pulmão depende do tipo de tumor, do estágio da doença e das condições gerais do paciente. Em casos iniciais, a cirurgia é frequentemente a primeira opção, com grande potencial curativo.
Os médicos podem associar terapias como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e tratamentos-alvo, dependendo do caso.
Quando os profissionais descobrem a doença em estágios mais avançados, ela geralmente já se espalhou para linfonodos ou outros órgãos, o que limita as possibilidades terapêuticas e reduz a qualidade de vida do paciente.
Prevenção e conscientização
Reduzir os fatores de risco é a forma mais eficaz de prevenção. Parar de fumar, evitar o fumo passivo, adotar hábitos de vida saudáveis, diminuir a exposição à poluição e agentes tóxicos, além de manter acompanhamento médico regular, são atitudes que diminuem a probabilidade de desenvolvimento da doença.
Além disso, campanhas de conscientização também são fundamentais para informar a população sobre os perigos do tabagismo e a importância de realizar exames de rastreamento quando indicado.
Considerações finais
O câncer de pulmão continua sendo um grande desafio para a medicina, mas a detecção precoce é a chave para aumentar as chances de cura. Identificar a doença antes que ela avance permite tratamentos menos invasivos e mais eficazes.
Por isso, quem pertence a grupos de risco ou apresenta sintomas persistentes não deve adiar a busca por avaliação médica. Além disso, quanto antes você recebe o diagnóstico, melhor será a sua qualidade de vida.
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